Com a cproximidade da Páscoa de 2025 e o tradicional feriadão de abril, bares e restaurantes do Distrito Federal se preparam para um período que pode representar alívio financeiro e oportunidades de recuperação.
De acordo com pesquisa da Abrasel-DF (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), realizada em março, 74% dos empresários do setor esperam aumento no faturamento durante o feriado, em comparação com o mesmo período do ano passado.
A expectativa é que o movimento mais intenso ajude a compensar aumento de custos operacionais, inflação e oscilações no desempenho financeiro ao longo do ano. O levantamento revelou que, em fevereiro, apenas 39% das empresas do ramo conseguiram operar com lucro, enquanto 26% fecharam o mês no vermelho, uma piora de oito pontos percentuais em relação a janeiro.
Mesmo diante do aumento nos custos com insumos e operação, 25% dos empresários ainda não conseguiram reajustar os preços dos cardápios. Outros 61% aplicaram correções abaixo ou no mesmo nível da inflação, o que pressiona ainda mais as margens de lucro. Apenas uma minoria (14%) conseguiu repassar aumentos acima da inflação para os clientes.
Segundo o presidente da Abrasel-DF, Beto Pinheiro, a retenção de preços é uma estratégia de sobrevivência.
“Muitos empresários evitam os reajustes para não afastar os clientes, o que acaba os mantendo no ciclo do endividamento. Essa pressão sobre a lucratividade torna os períodos de alta demanda, como os feriados prolongados, fundamentais para que os negócios consigam operar acima da média e busquem se recuperar. Além disso, são importantes também para a construção de relacionamentos duradouros com os clientes”, analisa.
Além do impacto financeiro imediato, o setor aposta no potencial de fidelização durante a Semana Santa e nos dias de folga. Com Brasília recebendo turistas para as comemorações de 65 anos da capital, a expectativa é de que o movimento em áreas gastronômicas e pontos turísticos fortaleça o setor de alimentação fora do lar.