De acordo com representantes de instituições ouvidas pelo Banco Central (BC), existe o risco de desestabilização financeira pelos próximos 3 anos. A informação consta na última Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF), publicada nesta quinta-feira (27).
A PEF busca captar a percepções de instituições do setor sobre a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN) pelo período dos próximos 3 anos. A pesquisa aborda dimensões como riscos prospectivos, confiança na estabilidade e avaliação sobre os ciclos econômico e financeiro. O levantamento ouviu 91 instituições no período de 13 de janeiro a 5 de fevereiro.
Essa desestabilização faz com que o governo não tenha dinheiro para as obrigações financeiras, como o pagamento do salário de aposentados. Com isso, a Federação deverá retirar de onde não é obrigatório, como da saúde e educação para suprir a demanda.
Mesmo assim, quando perguntado sobre o assunto, o presidente Lula afirmou que se depender dele, não haverá mais corte de gastos por parte do governo. O investimento internacional no Brasil também será menor, já que a pesquisa demonstra uma insegurança financeira.
Para 52% dos entrevistados, o risco fiscal foi apontado como o fator mais importante, com destaque para preocupações com a sustentabilidade da dívida pública.
“Os riscos fiscais, que já eram preponderantes na pesquisa anterior, ganharam ainda maior relevância, com o aumento do impacto médio esperado, cuja magnitude é superior à dos outros riscos, e mais da metade dos respondentes descrevendo-o como o risco mais importante, com destaque para preocupações com a sustentabilidade da dívida pública”, diz o levantamento.