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Baião de Dois, a banda que supera todos os limites e desafios

**O Carnaval da diversidade e da inclusão, de fato, se fez presente no Distrito Federal.** Em meio a mais de 100 bloquinhos e apresentações musicais pela capital, um grupo animado de pessoas com deficiência (PcD), ditou o ritmo na tenda do CarnaMuseu, no Eixo Monumental. **Dez alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae-DF) subiram ao palco e tocaram xotes e canções regionais, acompanhados de quatro músicos.**

O grupo _Baião de Dois_ existe há 11 anos, mas levou sua alegria para a festa do Rei Momo pela primeira vez. **Animação não faltou no espaço montado ao lado do Memorial dos Povos Indígenas.** “São pessoas de alto astral, que gostam de viver em sociedade e, principalmente, de mostrar para os outros o seu maior potencial: a arte, a música, a dança e a alegria”, ressalta a professora e líder da banda, Kaká Taciano.

**A aluna Sabrina Andrade, de 44 anos, era a mais radiante.** Antes mesmo da apresentação, ela dançava e brincava de trenzinho com as demais colegas de grupo. **No palco, tocou bumbo e cantou.** “Estou feliz demais e que Deus dê muita força pra gente”, pediu a moça. Dois profissionais de Libras se revezaram na apresentação ao lado da banda, seguindo exigência dos editais do Fundo de Amparo à Cultura (FAC) do DF.

Entre os que prestigiaram o _Baião de Dois_, estava a servidora pública Sabrina Ferreira, 41 anos. **Ela, o marido, e mais dois amigos já haviam ouvido falar da turminha da APAE-DF** e foram até lá. **“É muito importante que isso aconteça. Um carnaval de respeito, que inclua pessoas como elas, que lidam com o preconceito. A banda é linda, toca muito bem e estou feliz de estar aqui”**, adiantou. “Vim com a minha filha pequena para ela dançar um pouco, se divertir. Não conhecia o grupo, mas está muito legal e temos que aplaudir iniciativas como essa”, opinou a professora Gilza Mercês, 38 anos.

**O CarnaMuseu e sua diversidade**

Em sua quarta participação no Carnaval candango, **o CarnaMuseu é realizado com recursos do FAC no valor de R$ 149 mil**. Com o lema _Todos contra o preconceito_, o evento preza pela inclusão e a mistura de ritmos, que passeou pelo tradicional samba, rock, reggae, forró com carimbó, aos longo dos quatro dias de Carnaval.

Na segunda-feira (20), também se apresentaram os blocos **Punk Rock, Kalunga (Vila Planalto) e o Periga Ser (Taguatinga)**. “O nosso carnaval é o mais alternativo daqui. **Temos uma pegada multicultural, com espaço para muita gente.** E, também, a oportunidade para quem não curte as músicas de Carnaval poder ouvir outros ritmos nessa época do ano”, finaliza o idealizador do CarnaMuseu, Márcio Apolinário.

Redação GPS

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