Participei, em São Paulo, da 3ª edição do B.O.D.Y., e foi impossível sair de lá sem sentir uma onda de empoderamento e inspiração. Organizado pelas empresárias Ju Ferraz e Carol Veras, o evento reuniu vozes de diferentes trajetórias para discutir temas como diversidade, autocuidado e liberdade feminina. Desde a recepção calorosa até os debates francos e acolhedores, cada momento parecia construído para inspirar.
O dia começou com o lançamento do livro da Ju: Empreendedora da Própria Vida. Ouvir a Ju falar sempre provoca reflexões. Ela dividiu aprendizados sobre como equilibrar carreira e vida pessoal, ressaltando a importância de cada mulher assumir as rédeas de sua própria jornada. É revigorante ver mulheres como ela usando suas plataformas para criar espaços que celebram nossas pluralidades.
Isabella Fiorentino e Ju Ferraz
O evento tinha quatro espaços com programação simultânea e várias temáticas super interessantes. Dentre os temas abordados, Maternidade Atípica, Moda Plural, Menopausa, Corpos sem Padrões, Beleza sem Idade, Empreendedorismo e Liberdade Financeira, Saúde Mental e Redes Sociais, Autocuidade e Autoamor, Longevidade, Impacto Positivo na Vida REal, Felicidade e Bem-estar, O que você vê no Espelho, dentre outros.
A homenagem à judoca Bia Souza foi uma das grandes emoções do dia. Medalhista olímpica, ela contou sua trajetória, celebrando a conquista de seu espaço no esporte e servindo de modelo para quem acredita que o corpo de uma atleta não precisa caber em padrões pré-definidos. Foi um privilégio vê-la compartilhar sua história e receber um troféu que simboliza essa resistência e originalidade. “É uma homenagem linda. Este troféu vai ficar ao lado dos meus”, disse.
Bia Souza
Bia participou do painel Dona de si: ditando sua própria trajetória. Com ela no palco, a atriz Cleo Pires. “Essa necessidade [de precisar da aprovação do outro] é muito pessoal. Você pode ser isso para você, o que já faz você tirar o peso e expectativa do amor dos outros. Foi uma virada de chave essencial para mim também acreditar nos meus valores, como eu acredito que eu posso ser amada. Você tem que ser o seu motor, se você não for o seu motor, você vai sempre precisar de algo externo e o externo é instável e imprevisível”, compartilhou.
A cantora Assucena falou sobre liberdade: “Eu precisei entender que toda liberdade contraditoriamente precisa ser vigiada, como se ela não fosse livre. Porque toda hora tem alguém querendo tirar nossa liberdade. E como uma mulher trans, eu precisei compreender muito bem se eu queria ser livre. E foi muito difícil dar um chute na porta do armário e arrombar de dentro para fora e nascer como Assucena”.
Esses eventos vão muito além de uma conversa inspiradora; eles criam redes de apoio e trocas que, em última instância, fortalecem a autoestima feminina e ajudam a moldar um futuro mais inclusivo para todas nós.
“Esta edição do B.O.D.Y foi uma grande virada de chave. Era um evento que falava muito sobre corpo. Hoje, ele vai além, fala também sobre liberdade feminina. Os dois palcos e as mentorias fizeram toda a diferença, onde a gente tratou de temas muito importantes e relevantes. E a ideia é que, no ano que vem, tenha música e moda neste projeto. Estou muito grata com tudo que colocamos de pé, mas mais grata ainda pela evolução do projeto e pela receptividade do público”, finalizou Ju Ferraz.
Que venham mais movimentos como o B.O.D.Y. para incentivar essa transformação coletiva e essencial.