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AVC: como prevenir esse inimigo silencioso?

O Dia Mundial do AVC nos lembra da importância de cuidar de nossa saúde e da necessidade de prevenir essa doença
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Foto: Unsplash

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O dia 29 de outubro é uma data para refletir sobre uma das principais causas de morte no mundo: o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Recentemente, um estudo publicado na revista The Lancet Neurology alertou sobre a iminente crise que se aproxima. Estima-se que até o ano de 2050, o AVC seja responsável por cerca de 10 milhões de mortes anuais em todo o mundo. O impacto mais severo recairá sobre a população de países de baixa e média renda.

Em 2020, o AVC tirou a vida de 6,6 milhões de pessoas em todo o globo. Agora, as projeções apontam para um aumento assustador, chegando a 9,7 milhões de óbitos até 2050. Esse crescimento é motivo de preocupação, especialmente quando consideramos que a maioria dos afetados serão os países em desenvolvimento. Este cenário reforça a urgência de investimentos em vigilância, prevenção, tratamento e reabilitação.

O AVC é uma condição médica grave que ocorre quando há uma interrupção no fornecimento de sangue ao cérebro, conhecida como AVC isquêmico, ou quando ocorre o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, chamado AVC hemorrágico. Essa interrupção resulta na falta de oxigênio e nutrientes nas células cerebrais, levando a danos frequentemente irreversíveis.

É importante entender que os sintomas de um AVC podem ser silenciosos, o que torna a conscientização e a educação sobre o assunto ainda mais essenciais. Formigamento em um lado do corpo, fraqueza, alterações na visão, incapacidade de mover braços ou pernas, um sorriso assimétrico, náusea, vômito e dificuldades na fala são alguns dos sinais que podem indicar a ocorrência de um AVC.

A boa notícia é que muitos casos de AVC e suas reincidências podem ser evitados por meio de ações adequadas. A prevenção desempenha um papel fundamental na redução da incidência do AVC. Aqui estão algumas medidas preventivas fundamentais que devemos adotar para manter nossa saúde e minimizar o risco de um AVC:

  • Controle da Hipertensão: A pressão alta é um dos principais fatores de risco para o AVC. O controle regular da pressão arterial é essencial.
  • Controle do Estresse: O estresse crônico pode contribuir para o desenvolvimento de hipertensão e outros problemas de saúde. Práticas de gerenciamento do estresse, como meditação e exercícios relaxantes, são bem-vindas.
  • Tratamento Adequado para o Diabetes: Pacientes com diabetes têm um risco maior de AVC. O tratamento adequado, incluindo controle glicêmico, é essencial.
  • Redução nos Níveis de Colesterol: Níveis elevados de colesterol estão ligados a doenças cardiovasculares, incluindo o AVC. Mantenha uma dieta equilibrada e siga as orientações médicas para reduzir o colesterol.
  • Manutenção do Peso: Manter um peso saudável por meio de dieta e exercícios é fundamental.
  • Exercícios Físicos Regulares: A atividade física regular melhora a saúde cardiovascular e ajuda a manter o peso sob controle. Dedique tempo a exercícios adequados às suas condições físicas.
  • Abstenção do Tabagismo e Uso de Drogas: O tabagismo e o uso de drogas aumentam o risco de AVC
  • Moderação no Consumo de Álcool: Beba com moderação, ou evite o álcool se possível.

O Dia Mundial do AVC nos lembra da importância de cuidar de nossa saúde e da necessidade de prevenir essa doença. Cuidar do corpo e da mente não é apenas um ato de amor próprio, mas também uma responsabilidade com nossa própria vida. Está em nossas mãos tomar medidas para proteger nossa saúde cerebral e evitar o impacto prejudicial do AVC.

 

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Foto: Divulgação

*Victor Hugo Espíndola é graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, em Goiânia / GO. Possui especializações em Neurocirurgia e Neurorradiologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Fez Fellowship em Neurorradiologia Intervencional no Centre Hospitalier Universitaire da Universidade de Limoges na França. Obteve Certificação Internacional em Neurorradiologia Intervencionista na França (DIU –Diplôme Interuniversitaire de Neuroradiologie Interventionnelle). Possui Doutorado pela Universidade de Brasília (UnB).