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Avant-première: GPS assiste último ensaio da peça ‘Ora Bolas! Cadê a Luz?’

Nova produção teatral de Fernando Guimarães traz enredo onde a escuridão dá o tom dessa inusitada comédia com cenas que fogem do planejado o tempo todo

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Chegou o grande dia! Estreia nesta quinta-feira, 12, a peça **_Ora Bolas! Cadê a Luz?_**, no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB). Inclusive, nós já adiantamos sobre essa divertida produção nesta matéria, confira **[clicando com o botão direito aqui!](https://gpslifetime.com.br/materia/vem-ai-ora-bolas-cade-a-luz-de-fernando-guimaraes)** A novidade agora é que o GPS foi conferir com **exclusividade** ao último ensaio da trupe **Coletivo Coletivo**, antes mesmo do grande público e de qualquer outro veículo de comunicação. _Spoiler alert_: **Essa comédia ligeira de costumes é muito intrigante**, pois, como garantiu o **diretor Fernando Guimarães**, a montagem de fato “_foge do tradicional, uma vez que traz todos os atores estão vendados no palco_”.

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Em resumo, o enredo apresenta uma história com **reviravoltas mirabolantes** enquanto acontece um encontro de pessoas dentro de um apartamento e, de repente, **acaba a energia**. Em meio a escuridão, a narrativa vai se desdobrando de forma hilária. Carlos, **um artista plástico iniciante, vive de forma simples** com poucos móveis em sua casa. Com a ajuda da namorada, **ele quer passar uma imagem de sucesso** a um renomado curador de arte que, caso goste de suas obras, pode o levar a ser alguém de renome. Por conta disso, ele resolve **pegar emprestada sorrateiramente a decoração e obras de arte da casa de um amigo**, somente para impressionar seu convidado. Porém, **as coisas não saem como foram planejadas**.

Caro leitor, esta repórter que vos escreve assistiu do início ao fim o ensaio geral e pode confirmar aquilo que já era esperado, **a cereja do bolo** realmente é o modo como **a escuridão imprime o inesperado, a surpresa e o inesperado ao jogo de cena**. Desde o começo, **o acaso impera no palco**, e o que era para acontecer de um jeito, se transforma a tal ponto que **a improvisação precisa vir à tona**. Porém, isso acontece de uma forma **orgânica e inovadora**. Ainda mais pelo falto de que **o cenário e suas inúmeras de bolas** remete a **pop art de Yayoi Kusama**, deixando o resultado final ainda mais **imagético e divertido**.

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Vale destacar aqui o **entrosamento dos atores do Coletivo Coletivo**, que é formado por Adair Oliveira, Alex Ribeiro, Bete Virgens, Eduardo Jayme, Logan Dias, Luana Coelho, Márcia Nardelli, Sérgio Tavares, Suéllem Araújo e Yara De Cunto (de 80 anos, e que ainda está energeticamente em cena). Ao longo de **oito produções em conjunto com Fernando Guimarães** e de quem são todos ex-alunos, o grupo consegue **interagir em palco de modo orgânico, 100% natural**. **Adair Oliveira**, que vive o Rodolfinho na trama, analisa a experiência de **encenar no escuro**: “_E bem curioso, algo totalmente diferente do eu já fiz, pois fico de prontidão em cena o tempo todo, e percebi com o passar do tempo que comecei a reconhecer o outro pelo tom da fala. Legal que depois dessa experiência minha imaginação triplicou._”

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A trupe também nos contou que, no início dos ensaios, era inevitável as quedas e tropeços por conta da escuridão, mas com o passar do tempo, **todos eles ficaram mais sensíveis aos toques e sons**. O ator **Eduardo Jayne**, acrescentou que se eles estivessem fingindo estar vendados, as cenas não seriam tão espontâneas. “_Depois de um tempo você esquece que está sem enxergar e começa a visualizar de certa forma toda a cena se materializar na sua mente_.“

A genialidade por trás dessa ideia veio do **espírito irriquieto de Fernando Guimarães**. O diretor relata que “_a escuridão te inibe sim, mas, ao mesmo tempo, ela te permite fazer coisas surpreendentes, e em Oras Bolas! Cadê a Luz? somos convidados a lidar com o inesperado ao limite, com situações que ninguém consegue ter controle algum_.”

![Fernando Guimarães](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/11012023_JP_teatro14_f621256345.jpg)

Ao final de tudo, a lição que se tira é de que **como as pessoas mudam, quando acham que não estão sendo vistas**, revelando seu **verdadeiro eu**. E no que se refere à trama da peça – na imagem que Carlos quer passar de si mesmo – de como o dinheiro permeia o cotidiano, mas que ele não é nada quando não conseguimos ver do que ele é capaz de comprar. No fim das contas, o ser humano é apenas a sua essência.

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**Serviço**

Ora Bolas! Cadê a luz?
Onde: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Quando: De 12 a 29 de janeiro – Quinta-feira a Sábado, às 20h; Domingo, às 19h
Duração: 1h10
Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Adquira: na bilheteria do CCBB Brasília ou pelo site bb.com.br/cultura
Classificação indicativa: 14 anos