O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o aumento do IOF será mantido até que as novas medidas sejam apresentadas aos líderes do Congresso em reunião marcada para o domingo (8). Haddad afirmou que a Fazenda irá realizar estudos como de impacto para justificar as medidas econômicas aos parlamentares.
“Houve um aumento muito grande em relação aos parâmetros que estabelecemos para encaminhar essas medidas. Há um compromisso de não anunciá-las antes de uma reunião com os líderes, nem parcialmente, em respeito ao Congresso Nacional”, disse o ministro.
A ideia de Haddad é compensar a arrecadação neste ano, mas irá adotar mudanças estruturais a partir de 2026. “Estamos bastante seguros de que elas são justas, e que elas são sustentáveis, tanto do ponto de vista econômico quanto do social”.
O ministro também afirmou que só irá rever a decisão do aumento do imposto após alguma das medidas em estudo seja aprovada. “A Lei de Responsabilidade Fiscal tem uma série de constrangimentos fiscais que me impõe, que eu tenho que cumprir. No que diz respeito ao ano que vem, nós temos liberdade. Nós estamos construindo agora as condições de fechamento da peça orçamentária que tem que ser enviada em agosto ao Congresso Nacional”, comentou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que as medidas devem levar a mudanças estruturantes, que contribuam para um orçamento público mais sustentável no futuro. Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)negou que o aumento do IOF tenha sido anunciado sem diálogo com o Congresso.