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Ataque de Israel ao sul da Faixa de Gaza deixa 71 mortos

Um ataque de Israel no sul da Faixa de Gaza, neste sábado (13), matou 71 pessoas e deixou um rastro de feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Autoridades israelenses disseram que o alvo era Mohammed Deif, um dos chefes da ala militar do grupo terrorista Hamas, considerado como o principal arquiteto do ataque de 7 de outubro, que matou cerca de 1,2 mil pessoas no sul de Israel. 

Mohammed Deif, um dos chefes da ala militar do grupo terrorista Hamas, era o principal alvo do ataque

Mohammed Deif (à direita) era o principal alvo do bombardeio à Faixa de Gaza. Foto: Divulgação/Israel Defense Forces

Deif está no topo da lista dos mais procurados por Israel há anos e acredita-se que tenha escapado de várias tentativas de assassinato israelenses no passado. Segundo a autoridade, que falou sob condição de anonimato, Rafa Salama, outro importante líder do Hamas, também foi alvo do ataque em Khan Younis. Ainda não se sabe se os dois foram mortos.

Em comunicado, o Hamas rejeitou a alegação. “Esta não é a primeira vez que a ocupação alega ter como alvo líderes palestinos, e suas mentiras foram posteriormente provadas como falsas”, disse o grupo em um post no X, antigo Twitter. O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 289 pessoas ficaram feridas no ataque e que muitos dos feridos e mortos foram levados para o Hospital Nasser, nas proximidades. No hospital, os jornalistas da Associated Press contaram mais de 40 corpos.

Carros foram queimados, enquanto as equipes de emergência e os palestinos deslocados pela guerra de nove meses procuravam sobreviventes. Testemunhas disseram que o ataque se deu em Muwasi, zona de segurança designada por Israel que se estende do norte de Rafah até Khan Younis. A faixa costeira é o local para onde centenas de milhares de palestinos deslocados fugiram em busca de segurança, abrigando-se principalmente em tendas improvisadas

O ataque mortal ocorre no momento em que mediadores dos Estados Unidos, do Egito e do Catar continuam a pressionar para reduzir as diferenças entre Israel e o Hamas em relação a um acordo proposto para um cessar-fogo em três fases e um plano de libertação de reféns em Gaza. A possível morte ou ferimento de qualquer autoridade sênior do Hamas ameaça inviabilizar as negociações em andamento.

A proposta apoiada pelos EUA prevê um cessar-fogo inicial com uma libertação limitada de reféns e a retirada das tropas israelenses das áreas povoadas de Gaza. Ao mesmo tempo, os dois lados negociarão os termos da segunda fase – que deve trazer a libertação total dos reféns em troca de um cessar-fogo permanente e da retirada completa dos israelenses de Gaza.

Israel lançou sua campanha em Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro, no qual os terroristas invadiram o sul de Israel, mataram cerca de 1,2 mil pessoas (a maioria civis) e sequestraram cerca de 250. Desde então, as ofensivas terrestres e os bombardeios israelenses mataram mais de 38,3 mil pessoas em Gaza e feriram mais de 88 mil, de acordo com o Ministério da Saúde do território.

O ministério não faz distinção entre combatentes e civis em sua contagem. Mais de 80% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram expulsos de suas casas, e a maioria está agora amontoada em acampamentos em condições miseráveis, enfrentando fome generalizada.

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