Redação GPS Após um período de nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS), os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore finalmente retornaram à Terra na noite desta terça-feira (18).
A cápsula Dragon Freedom, da SpaceX, amerissou com segurança no Golfo do México, próximo a Tallahassee, na Flórida, encerrando uma missão que deveria durar apenas oito dias.
O retorno da dupla foi adiado diversas vezes devido a falhas técnicas na cápsula Starliner, da Boeing, que originalmente deveria trazê-los de volta em junho de 2024. Como solução, a NASA decidiu utilizar a cápsula Dragon Freedom, que desacoplou da ISS na madrugada de terça-feira e concluiu a jornada de aproximadamente 17 horas até o pouso controlado no oceano.
Além de Williams e Wilmore, a missão de retorno também trouxe à Terra o astronauta Nick Hague e o cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov, integrantes da Crew-9.
A missão enfrentou dificuldades desde o início. Logo após o lançamento da Starliner em 5 de junho de 2024, cinco dos 28 propulsores da cápsula falharam, atrasando sua acoplagem na ISS em quase uma hora.
Apesar de quatro propulsores terem voltado a funcionar, vazamentos de hélio foram identificados, levantando preocupações sobre a segurança da nave.
Com isso, a NASA optou por manter Williams e Wilmore na estação e enviar a cápsula de volta vazia para investigações. A espera pelo retorno se estendeu por 286 dias, um dos períodos mais longos já registrados para uma missão na ISS.
Durante os nove meses na ISS, Williams e Wilmore continuaram participando de pesquisas científicas e auxiliando em tarefas de manutenção. Com essa missão, Williams acumula um total de 322 dias no espaço e ostenta o recorde feminino de nove caminhadas espaciais.
Já Wilmore, engenheiro elétrico e piloto, soma mais de 8 mil horas de voo e duas missões espaciais.
Apesar do tempo prolongado, a estadia dos astronautas não quebrou o recorde da NASA. O astronauta Frank Rubio passou 371 dias em órbita, enquanto o cosmonauta russo Valeri Polyakov detém a marca mundial de 437 dias consecutivos na estação russa Mir, entre 1994 e 1995.
