Desde a escolha do Catar como sede para a **Copa do Mundo de 2022**, a edição de um dos maiores eventos esportivos do mundo se vê envolvida em diversas polêmicas. A 45 dias do pontapé inicial no estádio Al Bayt, a capital da França anunciou medidas restritivas à competição, seguindo os passos de outras cidades francesas.
A prefeitura de Paris informou que **não fará a transmissão pública dos jogos** da Copa do Mundo e que não promoverá as tradicionais _fan zones_ “_por causa das **condições ambientais e sociais** relacionadas ao evento_”, declarou o vice-prefeito de esporte, Pierre Rabadan.
Existem relatos chocantes sobre a preparação do Catar para receber as partidas de futebol que envolvem **exploração de trabalhadores e condições análogas à escravidão**. Segundo publicação do The Guardian, mais de 6.500 pessoas que tinham seu trabalho vinculado à infraestrutura da Copa morreram por condições insalubres de trabalho desde 2010, quando foi feita a escolha da cidade-sede.
Essa definição, inclusive, foi motivo de muita discussão entre a comunidade futebolística, visto que há diversas **acusações de fraude e corrupção** no processo. Segundo informações do jornal britânico The Sunday Times, o país pagou a oficiais da Fifa — entre eles o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira — cerca de **USD 880 milhões** para sediar a competição.
Outra grande polêmica envolve a **criminalização de demonstração pública de afeto e pessoas LGBTQIA+**. O Oriente Médio é conhecido por ter uma cultura extremamente **conservadora**, e será um grande desafio receber cidadãos de **diferentes nacionalidades e costumes** que respeitem suas tradições.
No Catar, aliás, é **crime** uma pessoa não se considerar heterossexual ou cisgênero (como os transsexuais ou não binários). Nesse sentido, aumenta a preocupação e insegurança daqueles que vão assistir de perto aos jogos e se identificam com algum desses aspectos.