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Artigo: ‘Você conhece a verdadeira francesinha?’

É inegável: unhas bem cuidadas são bonitas de serem vistas! Não é à toa que uma das preferências das mulheres, na hora do embelezamento das unhas, é a famosa Francesinha. Atemporal e clássica, essa técnica de nail art segue valorizando as unhas, seja na versão tradicional ou nas variações atualizadas, que usam, de maneira inusitada, diversas cores, texturas e acabamentos.

Pouca gente conhece, no entanto, a Francesinha original e a forma como ela foi criada. Tudo aconteceu por volta dos anos 1970. Naquela época, a cor das unhas precisava, obrigatoriamente, combinar com a cor das roupas. Imagine o tamanho do transtorno que isso causava na vida das mulheres. E, como a arte imita a vida, a mesma dificuldade era vivenciada pela indústria do cinema. Cansado do tempo necessário para a troca de esmaltes durante as filmagens, um diretor de Hollywood encomendou ao maquiador Jeff Pink um estilo de esmalte que combinasse com todas as cores de roupas.  

Apesar de incomum e difícil de conseguir, Pink criou como solução o Natural Look Nail Kit, uma combinação de um esmalte no tom da pele e um esmalte branco, que deveriam ser usados juntos. A esmaltação foi usada durante um desfile de moda, em Paris, e ao retornar aos Estado Unidos, Pink passou a chamar o kit de “Manicure Francesa”. Depois que artistas como Cher e Barbra Streisand passaram a usar o look, o sucesso foi total.  

Jeff Pink buscou inspiração na Revolução Francesa para a inusitada saída. Naquele tempo, tomar banho era um luxo acessível apenas para a elite. Tanto, que em filmes como ‘Les Misérables’ vemos que as cortesãs viviam em condições de higiene bastante precárias. A saída para esconder a sujeira que se acumulava embaixo das unhas era pintar as bordas das unhas de branco.  

A Francesinha original, criada por Jeff Pink, utiliza um esmalte no tom da pele para cobrir e uniformizar o leito ungueal. O esmalte ultra branco, por sua vez, acompanha a ‘linha do sorriso’, realçando a borda livre das unhas. A ideia era criar uma espécie de unha natural estilizada. Foi com essa fórmula minimalista e elegante, que o maquiador encantou celebridades e conquistou o mundo inteiro.  

Hoje em dia, há Francesinhas de diversos tipos fazendo as unhas de mulheres de todas as idades. As pontas podem ser coloridas, decoradas e até recebem formatos variados. No Brasil, existe, inclusive, uma versão autoral, em que a base de esmalte nude foi substituída pelo esmalte de base branca translúcida e as pontas das unhas deixaram de seguir a linha do sorriso e passaram a ser feitas bem finas e retas. O resultado é bastante diferente daquele proposto por Jeff Pink e não costuma ser visto em outras partes do mundo.  

 O universo dos cuidados e embelezamento das unhas é democrático e aceita variações, embora alguns modismos possam popularizar gostos duvidosos. Particularmente, preferimos a versão original da Francesinha, uma vez que ela proporciona um resultado esteticamente mais harmonioso. Ao manter o fundo nude, as pontas branquinhas e seguir a ‘linha do sorriso’, a Francesinha transmite mais delicacdeza e feminilidade, além de ser a mais clássica, atemporal e, sem dúvida, a mais chique entre todas as nail arts!  

  

 

Foto: Cortesia

Foto: Cortesia

*Olga Radionova: autoridade no método russo original de cuidados com as unhas no Brasil, diretora da RNSA School e responsável por formar as especialistas que atuam na Bela Russa – 1ª rede de franquias de estúdios especializados no método russo original de cuidados com as unhas.  

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