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Artigo: ‘Um 2024, repleto de “páginas em branco”, está nascendo’

Há quem deseje compartilhar suas próprias histórias com o mundo, há quem (re)invente a realidade por meio da ficção
Foto: Unsplash
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Metas são estabelecidas, planos são feitos… E não são poucas as pessoas que sonham em escrever e publicar um livro. 

Há quem deseje compartilhar suas próprias histórias com o mundo, há quem (re)invente a realidade por meio da ficção. Na era digital, tem gente até querendo virar escritor para conquistar a tão sonhada autoridade sobre um determinado assunto nas redes sociais. Poemas estão prontos para serem desengavetados, papeis estão repletos de palavras que não ousam existir em voz alta…

Fato é:  poucas coisas são tão legais quanto ter uma obra impressa nas mãos levando a assinatura do seu nome — ou do pseudônimo que você escolheu para chamar de seu.

 

Como conseguir? Vamos lá:

 

  1. Não espere a inspiração chegar

Uma frase atribuída a Pablo Picasso resume bem a questão: “Que a inspiração chegue não depende de mim. A única coisa que posso fazer é garantir que ela me pegue trabalhando”. Escrita também é hábito, organização e disciplina, assim, vale ressaltar que livro nenhum se escreve sozinho. Planejar o seu projeto literário – pesquisando, entendendo a espinha dorsal do texto e fazendo uso de escaletas, por mais simples que sejam —, é requisito para o bom andamento do trabalho. Além disso, você deverá incluir a escrita na sua rotina. Escrever sempre, nem que seja um pouquinho, já é avanço. A ideia é não perder contato com o seu texto jamais. 

 

  1. Registre as boas ideias

Quem nunca pensou em um enredo digno de novela durante o banho, quem nunca escreveu uma frase — ainda que somente na cabeça — que ficaria perfeita e uma despojada camiseta? Ideias sensacionais vêm e vão. Dominam nossas mentes e daqui a pouco… puft! Somem em um piscar de olhos. Registrar tudo o que for possível, seja em cadernos ou no aplicativo de notas no celular, garante que você jamais perderá algo importante.

 

  1. A autopublicação é uma possibilidade

Depender de uma editora tradicional para se tornar um escritor é coisa do passado, afinal, hoje em dia a autopublicação é um caminho excelente — e super acessível  — para quem está começando a carreira. As vantagens? A política de liberdade editorial, os ganhos financeiros (que não serão divididos com ninguém) e acesso completo ao processo de publicação — da capa ao formato de diagramação. 

 

  1. Não existe bom escritor que não seja um leitor voraz

Ler ainda é o melhor exercício para quem deseja escrever e publicar um manuscrito. Desbrave os gêneros literários, conheça novos autores, enriqueça o seu vocabulário. 

 

  1. Somos uma rede

Nunca pare de aprender, nunca pare de desejar encontrar o outro. Faça cursos, participe de oficinas, esteja em um bate-papo com a sua autora favorita. O engajamento em grupos literários também é mais do que recomendado. A escrita pode até parecer um processo solitário, mas está conectada com uma rede forte e solidária.

 

 

Foto: Cortesia
Foto: Cortesia

*Lella Malta, cientista social, escritora, preparadora literária, educadora e terapeuta de escrita expressiva. Focada na saúde mental das mulheres, se dedica ao estudo da psicanálise e da psicologia positiva. Autora de Qual é o nome da vez?, Você tem fama de quê?” e Prazer, Paniquenta: Desventuras Tragicômicas de Uma Ansiosa