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Artigo: “Quiet Firing e Quiet Quitting: situações que sempre existiram”

A adoção dos novos modelos de trabalho, bem como a **chegada das novas gerações ao mundo corporativo**, tem levantado algumas questões e chamado a atenção para situações que na verdade sempre existiram, mas que eram vistas com outros olhos e recebiam outras denominações. Por meio de um vídeo que **viralizou na plataforma TikTok**, uma jovem americana trouxe às discussões um novo termo, o **“_quiet quitting_” ou desistência silenciosa**. Trata-se de uma antiga postura no ambiente de trabalho que passou a ser defendida pelas novas gerações, e que consiste em **cumprir suas funções e obrigações, entregando nada além do que foi contratado para fazer**.

Como uma alternativa para fugir das longas e exaustivas jornadas de trabalho no **home office, que muitas vezes passaram a exceder a **carga horária diária previamente definida, assim como uma maneira de equilibrar a vida pessoal e profissional, evitando o esgotamento mental vivenciado por muitos colaboradores (o conhecido _burnout_), o _quiet quitting_ impulsionou outro movimento também já praticado anteriormente por algumas lideranças, o **“_quiet firing_”, ou demissão silenciosa**. Como resposta pouco inteligente aos colaboradores que não se sentiam engajados ou pouco integrados aos times, alguns líderes passaram a construir **ambientes de trabalho incômodos** ou situações de rotina, que aos poucos aumentam o desejo de desligamento por parte do colaborador.

Vivemos um momento de mudança cultural em muitas organizações, impulsionada pela chegada das novas gerações ao mercado de trabalho e todos os benefícios que a transformação digital tem proporcionado. **Não faz sentido pensarmos em um futuro positivo para essas companhias se continuarem com este posicionamento**. Com a criação de ambientes digitais colaborativos, onde todos podem ser inseridos, integrados nas tarefas e compartilhar suas atividades, não há dúvidas sobre as contribuições de cada um, sejam líderes ou liderados. As construções acontecem em tempo real, assim como os feedbacks. Temos hoje, **ecossistemas colaborativos e inúmeras ferramentas que ajudam no ponto crucial para reverter esse quadro**, deixando a comunicação e o gerenciamento muito mais transparentes.

Em tempos de **saúde mental liderando as _trend topics_**, garantir ambientes de trabalho sadios, flexíveis e inteligentes pode ajudar a superar outros grandes desafios vivenciados pelas empresas e suas lideranças e que têm plena sintonia com estes novos termos “_quiet_”, como a **retenção de talentos e rotatividade dos colaboradores**. Nesse sentido, a transformação digital com olhos voltados às pessoas que fazem parte do negócio é capaz de sustentar a mudança organizacional que tantas companhias atravessam e ainda encontram entraves para sua efetivação.

É o que impulsiona os tão falados engajamento e produtividade, terminologias que não definem produzir mais ou entregar além do esperado, e sim, **encontrar um propósito pelo trabalho**, sentindo-se parte do negócio, fazendo com competência e responsabilidade as tarefas que lhes competem. Quando inserimos cada colaborador da forma correta em uma empresa, recebendo-o e repetindo de tempos em tempos um treinamento inteligente e eficaz, acompanhando sua adesão às soluções tecnológicas, facilitando a comunicação entre as equipes, a colaboração, tudo fica mais organizado e funcional. **O colaborador sente que sua contribuição é importante**, que suas ideias são ouvidas, e isso é, sem dúvida, um dos maiores reconhecimentos que se espera, é o que faz com que ele permaneça e deseje crescer profissionalmente. Essa clareza reduz todas as chances de atrito entre todas as partes envolvidas.

**- Artigo por Alline Antóquio, diretora executiva e especialista em Google da Gentrop, empresa especialista em transformação digital.**

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