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Argentina nega presença de foragidos do 8 de Janeiro no país vizinho

Ministra da Segurança desmente notícias sobre asilo político solicitado a presidente argentino
Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.
Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.

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O governo da Argentina negou, neste sábado (8), qualquer conhecimento sobre a presença de foragidos dos ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023 em Brasília. A declaração desmentiria assim as informações veiculadas pela imprensa brasileira.

A ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, afirmou em declarações à Rádio Mitre que não há alertas vermelhos sobre as pessoas em questão e que não houve solicitações por parte da Interpol ou de qualquer outra fonte.

“Ainda não temos nenhuma informação desse tipo, não temos alertas vermelhos sobre essas pessoas (…) o Ministério da Segurança não recebeu nenhum tipo de solicitação, nem da Interpol, nem de pessoas, nem de nomes, nem de listas”, ressaltou Bullrich.

Em meio às investigações da Polícia Federal brasileira, que resultaram na captura de aproximadamente 50 fugitivos ligados aos ataques, veículos de imprensa do país noticiaram que cerca de 60 deles estariam na Argentina e que alguns teriam até solicitado “asilo político” ao presidente argentino Javier Milei, aliado político de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a ministra argentina não comentou sobre o suposto pedido de asilo.

Os ataques de janeiro de 2023 foram realizados por seguidores de Bolsonaro, que invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília exigindo uma intervenção das Forças Armadas para depor o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de denunciarem supostas fraudes nas eleições, nunca comprovadas.

Bolsonaro, que compareceu à Polícia Federal sob suspeita de ter instigado a insurreição, perdeu as eleições presidenciais de 2022 para Lula por uma pequena diferença de votos.