Após vitória nos últimos momentos do Indiana Pacers, em um jogo que já entra para a história das finais da NBA, os números ajudam a contar o quão improvável foi o desfecho. Esta foi a primeira vez desde 1971 que um time venceu uma partida das finais estando perdendo por 9 ou mais pontos faltando 3 minutos para o fim. O Oklahoma City Thunder esteve na frente por 46 minutos e 26 segundos, enquanto o Pacers liderou por apenas 0.3 segundos, o suficiente para virar o roteiro.
O Thunder, até então, parecia imbatível. Como destacou um comentarista do jornal The Guardian, o caminho para o título era claro: manter-se como a unidade defensiva mais feroz dos últimos anos. Uma defesa agressiva, trocando marcações com velocidade e forçando erros — mesmo que, para isso, cometesse muitas faltas. “Se seguirem assim, com Shai Gilgeous-Alexander garantindo seus habituais 32 pontos por noite, não tem quem pare essa equipe”, afirmou.
Outro comentarista reforçou que a única fraqueza real do time de Oklahoma City era o arremesso. “Pode parecer simplista dizer isso, mas se o Thunder não levantar o troféu, será porque simplesmente não conseguiu converter seus chutes. Eles têm o melhor jogador, a melhor defesa e o mando de quadra. Mas se os arremessos não caem, nem todo o resto importa”.
Do lado de Indiana, o desafio era manter seu estilo veloz e cuidadoso com a posse — algo que dominam com maestria, ostentando uma das menores taxas de erro da liga. “Mas agora enfrentam um verdadeiro colosso em forçar turnovers”, escreveu outro analista. “Se os Pacers quiserem manter suas chances, precisam continuar a movimentar a bola, controlar os nervos e explorar mismatches quando o Thunder usar formações mais baixas”.
Os ajustes também passavam por aspectos físicos. “Os rebotes foram uma fraqueza dos Pacers durante a temporada e devem ser novamente contra a linha de frente imponente do Thunder. Mas, se Siakam, Turner e Mathurin brigarem pelo garrafão, podem surpreender pela resistência”, destacou outro comentarista do Guardian.
Quanto ao vencedor, os analistas majoritariamente ainda apostam no Thunder. “Thunder em cinco”, cravou um. “O time é mais profundo, mais talentoso e tem o melhor jogador da série.” Outro complementou: “Indiana é ótimo, mas o Thunder é simplesmente uma versão ainda melhor deles.” Houve, no entanto, espaço para uma previsão mais ousada: “Pacers em sete. Se conseguirem transformar a série em uma corrida frenética e controlarem a bola, podem quebrar o ritmo do Thunder”.
Seja qual for o resultado, os fãs mais atentos sabem: essa final, embora improvável nas casas de aposta e sem grandes mercados televisivos já se consolidou, por causa de 0.3 segundos.