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Após veto dos EUA ao Brasil na ONU, PT reage: “Foi político”

Segundo Gleisi, postura "deixa claro quem quer paz e quem quer prolongar sofrimento"
Conselho de Segurança da ONU
Conselho de Segurança da ONU | Foto: Reprodução

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A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), o mesmo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu, nesta quarta-feira (18), após o veto dos Estados Unidos ao Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. O País condenou os ataques terroristas e defendeu a soltura de reféns civis dos conflitos entre o grupo Hamas e Israel.

“O veto dos EUA à resolução construida pelo Brasil, em diálogo com os membros do Conselho de Segurança, deixa claro quem quer a paz e quem quer prolongar o sofrimento das populações civis. Foi um veto político, para eliminar as chances de uma solução negociada multilateralmente. Querem seguir o caminho da violência e se impor pela força. Mas não vamos desistir de um cessar-fogo para poupar vidas inocentes, evitar mais crimes de guerra e construir a paz, como vem fazendo tenazmente o presidente Lula”, registrou.

Embora o Brasil tenha conquistado a maioria dos votos (12 favoráveis, um contra e duas abstenções), o governo norte-americano tem cadeira cativa no conselho e, com isso, poder de veto. 

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) lamentou o veto dos Estados Unidos contra a resolução negociada pelo Brasil.

“O governo brasileiro lamenta que, mais uma vez, o uso do veto tenha impedido o principal órgão para a manutenção da paz e da segurança internacional de agir diante da catastrófica crise humanitária provocada pela mais recente escalada de violência em Israel e em Gaza. O Brasil considera urgente que a comunidade internacional estabeleça um cessar-fogo e retome o processo de paz”, disse em nota o Itamaraty.

O ministério destacou ainda que o Brasil tentou reduzir a polarização em torno da guerra no Oriente Médio ao “acomodar posições e interesses divergentes e apresentar texto capaz de proteger as vidas de civis e de assegurar o acesso humanitário à população civil da Faixa de Gaza”.