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Após quedas e acidentes, GDF confirma remoção dos pinheiros do Parque

Árvores serão substituídas por espécies nativas do Cerrado. Plano de manejo foi aprovado por comissão e será publicado no DODF

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O Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, conhecido como o segundo maior parque urbano do mundo, está prestes a passar por uma transformação significativa. Aprovado por uma comissão formada por diversas secretarias, o plano de manejo prevê a retomada do projeto original do paisagista Roberto Burle Marx. 

 

Para isso, 1.628 pinheiros, espécies não nativas do Cerrado e que apresentam riscos à segurança da população, serão retirados da área entre os estacionamentos 4 e 5. A decisão, anunciada em coletiva nesta segunda-feira (31), também ocorre após registro de quedas e até mesmo de acidentes envolvendo as árvores, que são antigas no local. 

 

A área de retirada dos pinheiros equivale a cerca de seis campos de futebol oficiais e será substituída por espécies nativas do Cerrado. Segundo técnicos envolvidos no projeto, muitos desses pinheiros, projetados para durar 20 anos, já têm mais de 40 anos de idade e estão apresentando problemas como rachaduras, buracos e infestação de pragas.

 

A iniciativa faz parte de uma força-tarefa formada pelas secretarias de Esporte e Lazer, Cultura e Economia Criativa, além da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e do Instituto Brasília Ambiental. Após a aprovação do plano de manejo pelo Brasília Ambiental, o início dos serviços de retirada dos pinheiros está previsto para ocorrer em breve.

 

De acordo com Fernando Leite, presidente da Novacap, a madeira retirada será destinada a um leilão público e os recursos arrecadados serão destinados ao Tesouro do Distrito Federal.

 

A escolha de seguir o projeto original de Burle Marx foi sugerida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, enfatizou a importância de implementar o projeto tombado, com a inserção de árvores nativas do Cerrado.

 

A revitalização do Parque da Cidade, que foi fundado em 1978 e é considerado um Patrimônio Cultural da Humanidade, trará 29 polígonos de plantio arbóreo nos três bosques próximos aos restaurantes Gibão e Alpinus e ao Bosque da Borda.

 

A expectativa é que essa ação promova uma nova era para o parque, mantendo seu legado histórico e cultural, ao mesmo tempo em que oferece um ambiente seguro e renovado para os visitantes aproveitarem.