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Após polêmicas, nova audiência no Senado discutirá impactos do PPCub em Brasília

Comissão promove debate sobre propostas que podem alterar configuração da capital
Leila Barros: "A forma como isso foi aprovado levanta sérias preocupações e abre espaço para a especulação imobiliária" | Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
Leila Barros: "A forma como isso foi aprovado levanta sérias preocupações e abre espaço para a especulação imobiliária" | Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado

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Após um primeiro encontro, na próxima quinta-feira (4), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal realizará mais uma audiência pública para discutir os impactos do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub), aprovado recentemente pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

A senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da CMA, expressou sérias preocupações sobre as mudanças propostas no PPCub, que poderiam afetar a paisagem  originalmente planejada pelo urbanista Lúcio Costa.

O PPCub, encaminhado pelo Governo do Distrito Federal à Câmara Legislativa (CLDF), propõe novas regras para construções e atividades comerciais na capital, o que levantou críticas de diversos setores da sociedade.

Brasília é uma área tombada e declarada Patrimônio Mundial da Humanidade desde 1987, o que intensifica a importância da preservação de seu conjunto arquitetônico e urbanístico.

Durante a audiência anterior, realizada em junho, críticas contundentes foram feitas ao PPCub, levantando preocupações sobre especulação imobiliária e impactos negativos na preservação histórica e ambiental de Brasília.

A senadora Leila Barros ressaltou a necessidade de uma análise completa do plano para entender suas possíveis consequências na qualidade de vida dos brasilienses.

“A implementação dessas mudanças também pode agravar os problemas de trânsito, sem um plano adequado de mobilidade urbana”, afirmou.

Na próxima audiência, diversos especialistas e representantes da sociedade civil foram convidados, como Angelina Nardelli, Patricia Carvalho, Paulo Niemeyer, Marilda Fontinele, Vera Ramos e Veranne Magalhães. Eles devem contribuir para um relatório sobre as implicações do PPCub em Brasília e buscar um consenso sobre a preservação do patrimônio urbanístico da capital.