Redação GPS A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou, na última segunda-feira (17), um caso importado de sarampo em uma paciente com histórico de viagens internacionais. O diagnóstico foi confirmado por exames realizados no Laboratório Central do DF (Lacen-DF) e na Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz-RJ). A mulher não precisou ser hospitalizada, e a doença evoluiu sem complicações.
Diante do caso, a SES-DF tem reforçado a importância da vacinação como principal medida de proteção contra o sarampo, doença altamente contagiosa que pode afetar tanto crianças quanto adultos. A imunização com a vacina tríplice viral — que também protege contra caxumba e rubéola — está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do DF.
Vacinação
A vacinação contra o sarampo segue as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que recomenda:
- Crianças e jovens de 12 meses a 29 anos: duas doses da vacina tríplice viral;
- Adultos de 30 a 59 anos: pelo menos uma dose da vacina;
- Profissionais da saúde: duas doses, independentemente da idade.
Atualmente, a cobertura vacinal contra o sarampo no DF é de 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda dose em crianças menores de dois anos. A meta é atingir 95% na segunda aplicação para garantir a proteção coletiva.
“O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode causar complicações graves. Reforçamos a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para crianças a partir de 12 meses, além de adolescentes e adultos que ainda não receberam as doses recomendadas”, alerta a gerente da Rede de Frio da SES-DF, Tereza Luiza Pereira.
A vacina é contraindicada para gestantes, pessoas com comprometimento imunológico e indivíduos com histórico de reações alérgicas graves a doses anteriores ou a componentes do imunizante. Além disso, mulheres que tomam a vacina devem evitar engravidar por 30 dias.
Assim que a paciente apresentou os primeiros sintomas, a SES-DF adotou medidas para evitar a transmissão. Foram rastreadas 278 pessoas que tiveram contato com ela, todas orientadas sobre os sinais da doença e a importância da vacinação. A estratégia de bloqueio vacinal seletivo, aplicada em até 72 horas após a exposição ao vírus, foi implementada para interromper a cadeia de transmissão.
A secretaria também emitiu um alerta para toda a rede pública e privada de saúde sobre a ocorrência do caso. Apesar de ser um caso importado, ou seja, sem transmissão local, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, destaca a necessidade de manter os cuidados.
“O objetivo do comunicado é alertar toda a rede de que houve um caso confirmado. Não há indícios de novos registros, mas é essencial que todos estejam atentos e que a população tenha, pelo menos, uma dose da vacina”, reforça o gestor.
A SES-DF monitora possíveis casos secundários até 1º de abril, data em que se encerra o período de incubação para novos registros relacionados ao caso importado.
O sarampo é uma doença viral altamente transmissível, com sinais que incluem tosse seca, irritação nos olhos, coriza e mal-estar intenso. Entre três e cinco dias após o início dos sintomas, aparecem manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas, que depois se espalham pelo corpo. A persistência da febre após o surgimento das manchas pode indicar gravidade, especialmente em crianças menores de cinco anos.
No Distrito Federal, há 176 unidades básicas de saúde (UBSs) que oferecem atendimento para casos suspeitos. Não existe um tratamento específico para o sarampo, e os medicamentos são utilizados apenas para aliviar os sintomas. A SES-DF recomenda que qualquer pessoa com suspeita da doença procure imediatamente atendimento médico e evite a automedicação.
