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Após cassação, Podemos convida Dallagnol para cargo remunerado

Ex-coordenador da Lava Jato, que perdeu a cadeira na Câmara, foi convidado para coordenar formação de líderes políticos no partido

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O partido Podemos convidou o ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol para assumir uma função remunerada como coordenador da formação de novos líderes políticos. O valor do salário será discutido após Dallagnol tomar uma decisão sobre a proposta. As informações são da F.de São Paulo.

 

Dallagnol, que foi coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, teve seu mandato cassado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados após uma decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

A cassação foi resultado de uma ação movida pela Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e pelo PMN, que argumentaram que Dallagnol não poderia deixar sua carreira como procurador da República para ingressar na política, devido a questões disciplinares em andamento junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

 

Após a confirmação da cassação, Dallagnol e a presidente do Podemos, Renata Abreu, discutiram a proposta de trabalho.

 

O partido já teve o ex-juiz federal Sergio Moro, outro destaque da Lava Jato, em seus quadros, ocupando um cargo remunerado como dirigente partidário.

 

Em decisão recente, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a diplomação de Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) como substituto de Dallagnol na Câmara dos Deputados. A decisão reverteu a determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, que havia concedido a vaga a Itamar Paim, membro do PL.

 

Toffoli também negou o pedido de liminar feito por Dallagnol para suspender sua cassação. O ministro destacou que o TSE autorizou a preservação dos votos do Podemos, mesmo após a cassação de Dallagnol, justificando a diplomação de Hauly.

 

A ação de cassação foi movida pela Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e pelo PMN, que alegaram que Dallagnol não poderia deixar sua carreira como procurador para ingressar na política devido a reclamações disciplinares e sindicâncias em andamento junto ao CNMP.