Após assembleia ocorrida nesta quarta-feira (26), os professores e orientadores da rede pública local analisaram o indicativo e decidiram entrar em greve. A categoria reivindica melhoria salarial e reformulação do plano de carreira.
De acordo com o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), a suspensão das aulas começa a partir do dia 4 de maio, respeintando o prazo de 72h para comunicação oficial à Justiça. Na véspera, contudo, há uma reunião agendada entre representantes da categoria e autoridades do Palácio do Buriti.
De acordo com o Sindicato dos Professores, os salários estão congelados há oito anos e a categoria pede, ainda, a reestruturação e fortalecimento da carreira.
Entre os principais itens dessa pauta, estão a redução da quantidade de padrões da tabela salarial e a incorporação de gratificações, como a Gaped (Gratificação de Atividade Pedagógica) e a Gase (Gratificação de Atividade de Suporte Educacional).
De acordo com a entidade sindical, o recente reajuste anunciado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), de 6% em 2023, é “insuficiente”. “Tal índice sequer recupera as enormes perdas do período”, afirma.
De acordo com o Sinpro, em 2015, o vencimento básico de um(a) professor(a) padrão 1 estava 101,2% acima do Piso Nacional do Magistério. Hoje, professores com esse mesmo perfil recebem vencimento básico 4,3% abaixo do piso: R$ 191,99 menos que o mínimo obrigatório a ser pago em qualquer lugar do país para exercer a docência na educação básica.