A aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados e a divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano trouxeram otimismo ao mercado financeiro nesta sexta-feira (7). Como resultado, o dólar comercial registrou queda, devolvendo a alta da quinta-feira (6), e a bolsa de valores brasileira apresentou um desempenho positivo, encostando nos 119 mil pontos.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,866, com um recuo de R$ 0,064 (1,3%). A cotação chegou a abrir em leve alta, mas rapidamente reverteu o movimento e passou a cair nos primeiros minutos de negociação. No ponto mais baixo do dia, por volta das 14h30, a moeda atingiu o valor de R$ 4,85.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula uma alta de 1,59% em julho. No entanto, considerando todo o ano de 2023, a moeda norte-americana apresenta uma queda de 7,84%.
O mercado de ações também teve um dia de euforia, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 118.898 pontos, registrando uma alta de 1,25%. O indicador operou em alta durante todo o dia. Apesar de iniciar a semana com perdas, a bolsa encerrou a semana com um ganho de 0,84%.
Tanto fatores internos quanto externos impulsionaram o mercado nesta sexta-feira. No Brasil, os investidores reagiram com otimismo em relação à aprovação da primeira fase da reforma tributária na Câmara dos Deputados. No exterior, dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos trouxeram alívio internacional.
Segundo os dados divulgados na quinta-feira, a contratação de trabalhadores no setor privado dos Estados Unidos disparou em junho. No entanto, os números apresentados hoje, que incluem outros segmentos da economia (exceto o setor agrícola), mostraram que a abertura de vagas foi menor do que o esperado.
Esses números reduziram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros da maior economia do planeta ainda neste ano. Juros menos elevados em economias avançadas estimulam o fluxo de capitais para países emergentes, como o Brasil.