O setor atacadista do Distrito Federal, um dos principais pilares econômicos da da capital federal, inicia 2025 com expectativas otimistas, mesmo diante de desafios significativos enfrentados em 2024.
Segundo o presidente do Sindiatacadista-DF, Álvaro Júnior (foto em destaque), a inadimplência e as mudanças nas tendências de consumo foram obstáculos importantes, mas a recuperação já é perceptível.
“O ano foi desafiador, principalmente no que tange à inadimplência e às novas tendências de consumo, que exigem adaptação constante. No entanto, a expectativa é de fechamento positivo, com crescimento no consolidado”, afirmou o representante da categoria.
As mudanças digitais se destacam como um dos principais fatores de transformação no comportamento dos consumidores, influenciando diretamente o atacado. Álvaro Júnior observa que o setor precisa se adaptar às novas dinâmicas de compra e entrega para manter a competitividade.
“A digitalização impacta diretamente no consumo e, como resultado, na dinâmica do nosso setor. As empresas precisam se adaptar às novas formas de compra e entrega para não ficarem para trás”, explicou.
Outro ponto de preocupação para o setor em 2024 foi a tributação sobre subvenções fiscais. As mudanças nas regras tributárias tiveram efeitos negativos, levando os empresários a buscar soluções jurídicas e políticas para minimizar os impactos.
“A tributação sobre subvenção fiscal teve um impacto negativo no setor, mas seguimos na defesa dos nossos direitos, buscando soluções jurídicas e políticas para mitigar esses efeitos”, destacou Álvaro.
Perspectivas econômicas
O futuro do setor depende diretamente da política monetária e da taxa de juros. O presidente do Sindiatacadista-DF ressalta que a alta dos juros restringe o crédito e afeta o consumo, criando um ambiente de crescimento lento.
“A alta da taxa de juros é um fator que impacta diretamente na economia, restringindo o crédito e, consequentemente, afetando o consumo. Juros elevados são sinônimo de crescimento minguado, e o dólar alto tem um efeito empobrecedor para o país”, analisou.
Álvaro também apontou a necessidade de um Banco Central independente para garantir a credibilidade e atrair investimentos.
“Precisamos de um Banco Central que demonstre independência e responsabilidade, garantindo a credibilidade necessária para atrair investimentos”, pontuou.
Com um cenário de eleições presidenciais em 2026, as decisões políticas e econômicas de 2025 terão impactos imediatos no setor atacadista. Álvaro reforçou a importância de autonomia para o próximo presidente do Banco Central, assegurando a estabilidade econômica.
“É fundamental que o novo presidente do Banco Central tenha a autonomia para agir em prol da estabilidade econômica do país, sem pressões políticas que possam comprometer a confiança do mercado”, destacou.