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Apenas 7% dos valores de emendas suspensas por Dino seriam destinados para a saúde

Em novembro de 2024, o Congresso aprovou nova regra que obrigará destinação de 50% do total de recursos para a área

Do valor total de emendas parlamentares de comissão bloqueadas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), apenas 7% seriam destinados à saúde pública do Brasil. 

O valor é infinitamente inferior às novas regras aprovadas em novembro pelo Congresso Nacional, as quais estipulam pelo menos 50% dos recursos totais para atender as secretarias estaduais e municipais da área.

Contudo, a nova regra não se aplica aos valores bloqueados, já que as emendas foram destinadas antes da mudança que está em vigor. A informação é do G1.

O Congresso Nacional e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciam 2025 sob forte pressão, após a decisão do ministro Flávio Dino de suspender quase R$ 7 bilhões em emendas parlamentares. A medida, tomada no final de 2024, aponta a falta de transparência como o principal problema na destinação desses recursos.

Segundo o ministro Flávio Dino, os pagamentos das emendas não atendiam aos critérios necessários de transparência, dificultando o rastreamento das verbas destinadas às obras e projetos indicados por deputados e senadores. A decisão abrange R$ 4,2 bilhões em emendas da Câmara dos Deputados e R$ 2,7 bilhões do Senado.

Para os parlamentares, as emendas são instrumentos essenciais para atender às demandas locais e fortalecer sua base política. Elas financiam desde pavimentação de ruas até a aquisição de equipamentos para serviços públicos. A decisão do STF, contudo, trouxe à tona a necessidade de maior clareza nos processos de indicação e destinação desses recursos.

Deputados e senadores já sinalizaram que buscarão destravar os valores bloqueados, seja por meio de negociações com o STF ou reapresentando as emendas no Orçamento de 2025, que ainda está em fase de discussão. Eles argumentam que o modelo atual de pagamento e transparência é adequado e que as emendas são vitais para o desenvolvimento regional.

O levantamento realizado pelo G1 destaca ainda a diversidade de projetos que seriam financiados por essas emendas. O maior montante bloqueado, R$ 75 milhões, seria destinado à compra de máquinas e equipamentos em Alagoas. Em contraste, a menor emenda, de R$ 961, foi destinada ao SUS (Serviço Único de Saúde) de Calçoene (AP).

As emendas abrangem diversas áreas temáticas, como:

Infraestrutura: R$ 2,2 bilhões (32%)

Educação: R$ 906 milhões (13%)

Saúde: R$ 504 milhões (7%)

Turismo: R$ 1,3 bilhão (18%)

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