Fernanda Moura Entre os reconhecimentos que marcaram sua carreira, em 2024, Anna Maria Maiolino recebeu o Leão de Ouro na 60ª Bienal de Arte de Veneza. A artista ítalo-brasileira também recebeu o Prêmio Clarival do Prado Valladares (Artista pela trajetória), da ABCA – Associação Brasileira de Críticos de Arte (2018), e o Prêmio MASP Mercedes-Benz (2012). Agora, aos 83 anos, ela estreia uma exposição individual em Paris.
A partir de 14 de junho, o tradicional Musée Picasso-Paris, um dos mais prestigiados centros de arte moderna da Europa e do mundo, receberá a Je suis là. Estou aqui, com mais de cem obras, entre pinturas, esculturas, vídeos, fotografias e desenhos inéditos, e percorre seis décadas de uma produção marcada por exílio, linguagem, corpo e resistência.
Maiolino, assim, reforça sua atividade no circuito internacional. O título da exposição funciona como um gesto de resposta, uma convocação simbólica à continuidade do fazer artístico. Segundo a artista, “o título afirma que ainda estou aqui, ainda produzindo, ainda engajada em um diálogo vital. As obras em exibição não são objetos passivos, mas presenças ativas que continuam a gerar conversas.”
Nascida na Itália e radicada no Brasil, Anna Maria emigrou com sua família para a Venezuela quando tinha apenas 12 anos, já que o país era o único que aceitava migrantes após a Segunda Guerra Mundial. Desde então, viveu entre Rio de Janeiro, Nova York, Buenos Aires e São Paulo, onde vive desde 2005.
