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Anticoncepcional: vilão ou herói? Conheça os outros métodos contraceptivos

Entre formas definitivas ou reversíveis, é sempre importante consultar um médico para saber qual a melhor escolha para você

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Na hora de escolher qual **método** usar quando o assunto é evitar filhos, é preciso cautela. Não existe o **melhor** ou o mais **eficiente**, existem maneiras que melhor se adequam de acordo com as necessidades e condições clínicas de cada mulher.

O momento de **planejar** a hora de ter um filho é um direito do casal. Por isso, a escolha do anticoncepcional é tão **importante** e deve ser feita com muita atenção, avaliando prós e contras. Atualmente, há diferentes opções no mercado, cada qual com as suas indicações.

Mais do que isso, muitos deles agregam **benefícios** que vão muito além de evitar uma gravidez, que vale a pena que sejam considerados no momento da escolha.

Um alerta importante do Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista, obstetra e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, são as contraindicações. _“Muitos métodos não são indicados para todos os casos. Outros, não serão seguros ou não oferecerão proteção contra uma gravidez indesejada se não utilizados corretamente”_.

Aspectos como a **saúde da mulher**, hábitos de vida e outras variáveis que fazem muita diferença na escolha do método, como a idade, a existência de doenças crônicas e até mesmo o histórico familiar para algumas **condições** são importantes.

**Lactantes** não podem fazer uso de qualquer anticoncepcional. Há métodos específicos para estes casos, que não oferecem riscos ao bebê e nem prejudicam a amamentação.

**Definitivos x Reversíveis**

Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados de várias maneiras, mas todos eles podem ser divididos em dois grupos principais: os definitivos e os reversíveis, explica o Dr. Alexandre.

_“Como o próprio nome diz, os definitivos devem ser a opção das mulheres ou casais que não desejam mais ter filhos, pois são métodos cirúrgicos, realizados em pelo menos um dos parceiros”._

Entre os métodos reversíveis, estão os de barreira, como a camisinha, os dispositivos intrauterinos (DIU), os hormonais e os de emergência.

![Camisinhas feminina e masculina Foto: Unsplash](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/reproductive_health_supplies_coalition_WMLE_8_Pc_Vw_M_unsplash_e65c30e55c.jpg)

![Diu hormonal à esquerda, diu de cobre à direita Foto: Unsplash](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/iud_3836d7f57c.jpg)

A **esterilização** é um método contraceptivo cirúrgico, que pode ser realizado na mulher, por meio da **ligadura das trompas** (laqueadura ou ligadura tubária), ou no homem, através da **ligadura dos canais deferentes** (vasectomia), explica o Dr. Alexandre Rossi.

Na mulher, a fecundação é evitada pela obstrução das trompas, que impede o encontro dos gametas. Já a vasectomia, elimina a presença de espermatozóides na ejaculação.

A eficácia dos dois métodos é alta, com taxas de falha baixíssimas, quando tomadas todas as precauções e realizados todos os exames pós-cirúrgicos corretamente, especialmente no caso da vasectomia.

_“Ambos os métodos, conforme as técnicas utilizadas e condições de saúde dos pacientes, podem ser revertidos. Mas o sucesso dos procedimentos e a possibilidade de sucesso em uma gestação após a reversão é baixo”_, alerta o médico.

No caso da recanalização tubária, apenas 50% das mulheres submetidas a laqueadura tubária apresentam condições técnicas para recanalização. Destas, apenas uma pequena parcela terá êxito em uma gestação. Por este motivo, a cirurgia para esterilização deve ser considerada definitiva, exigindo uma avaliação cuidadosa antes de sua realização.

A **anticoncepção de emergência**, mais conhecida como **pílula do dia seguinte**, é o uso alternativo do anticoncepcional hormonal oral para evitar uma gravidez.

Ele deve ser tomado antes de completar 72 horas da relação sexual desprotegida. No entanto, quanto mais **precocemente** tomado, maior será a proteção.

Vale destacar que a pílula do dia seguinte não terá qualquer efeito caso a implantação já tenha se completado, ou seja, uma gravidez já em andamento não será interrompida.

![A pílula do dia seguinte pode ser tomada em dose única ou dupla Foto: Unsplash](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/reproductive_health_supplies_coalition_F2b_Tuiboieg_unsplash_0447070062.jpg)

Por ser constituído de altas doses de hormônios, o método não deve ser utilizado de rotina, mas apenas em situações de emergência. É importante, portanto, que seu uso seja feito de acordo com as orientações médicas e as instruções da bula, seguindo corretamente a maneira adequada de utilizar as pílulas.

Após utilizar a anticoncepção de emergência, é importante procurar um médico ginecologista para a eventual realização de exames e orientações para a adoção de um método anticoncepcional de rotina.