Os planos de saúde individuais e familiares terão um reajuste de até 6,06% este ano. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta segunda-feira (23).
Dessa forma, cerca de 8,6 milhões de beneficiários terão seus contratos impactados, o que corresponde a 16,4% dos 52 milhões de pessoas que têm plano de saúde no país.
Os reajustes serão aplicados no aniversário do plano, ou seja, no mês em que foi contratado. Para os contratos com data de aniversário em maio e junho, o aumento inicia a partir de julho ou, no máximo, em agosto. O valor é válido retroativamente para o período que vai de 1º de maio a 30 de abril de 2026.
Se a mensalidade de um plano, com aniversário de contrato em maio, é R$ 100, em agosto o valor será de R$ 106,06 (valor reajustado). O mesmo acontece em setembro e outubro, com os retroativos de junho e julho. A partir de novembro, o valor será apenas da mensalidade reajustado. Nesse caso, ela passa a ser de R$ 106,06.
De acordo com a diretora-presidente interina da ANS, Carla Soares, o reajuste foi definido levando em conta o aumento das despesas assistenciais das operadoras em relação aos atendimentos realizados em 2024.
“Nosso objetivo é garantir equilíbrio ao sistema: proteger o consumidor de aumentos abusivos e, ao mesmo tempo, assegurar a sustentabilidade do setor”, afirmou.
O reajuste é o menor em 17 anos, com exceção de 2020, auge da pandemia de covid-19, quando planos de saúde tiveram redução de valor. Em 2008, a taxa foi reajustada para 5,48%. No ano passado, o teto de reajuste foi fixado em 6,91%.
Segundo a ANS, as despesas assistenciais per capita nos planos individuais regulamentados tiveram crescimento de 9,35% em 2024, na comparação com 2023. Os reajustes não valem para os planos de saúde coletivos e empresariais.