Valdemar diz ter votos no Congresso para anistiar condenados do 8 de Janeiro

Presidente do PL afirma que proposta avançará após julgamento no STF e cita apoio de PP, União, Republicanos e PSD

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou nesta quarta-feira (3) que a oposição já teria garantido votos suficientes no Congresso Nacional para aprovar uma anistia ampla aos condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, medida que, segundo ele, também alcançaria o ex-presidente Jair Bolsonaro. A proposta, ainda em fase de ajustes, deve avançar após a conclusão do julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estamos preparando isso para depois do julgamento. Temos algo em torno de 300 votos na Câmara”, afirmou em entrevista à GloboNews, ressaltando o apoio de partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD.

Valdemar voltou a criticar a forma como os processos têm sido conduzidos no STF, alegando que os acusados não dispõem de duplo grau de jurisdição. “Defesa existe, mas apenas em um nível. Se houver erro, não há como recorrer. O problema não é a defesa em si, mas os recursos”, disse. Para o cacique, Bolsonaro e os demais réus deveriam ser julgados inicialmente na primeira instância, com possibilidade de recurso em instâncias superiores.

As falas ocorrem em meio ao julgamento de Bolsonaro e outros sete réus acusados de envolvimento em suposta trama golpista para manter o ex-presidente no poder.

Ainda na véspera do julgamento, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Alencar (RJ), cobrou do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que priorize a votação da anistia.

Texto alternativo

No Senado, a disputa segue em outra frente. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), indicou que pretende colocar em votação um texto alternativo, em contraposição ao defendido pelo PL, que busca uma anistia irrestrita.

Valdemar também destacou o envolvimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nas articulações a favor da medida, reforçando o peso político do movimento no campo da oposição.

Quanto às eleições presidenciais de 2026, o dirigente reiterou que o PL seguirá a escolha de Bolsonaro caso ele permaneça inelegível. “Se for o Eduardo Bolsonaro, apoio o Eduardo. O Eduardo é o nosso candidato”, disse, referindo-se ao deputado federal que atualmente está nos Estados Unidos, em ações políticas contra ministros do STF e em defesa de sanções internacionais ao Brasil.

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Edição 42

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