Em uma coletiva de imprensa realizada em Mar-a-Lago, na Flórida, nesta terça-feira (7), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações controversas que incluem a sugestão de anexar o Canadá aos EUA e renomear o Golfo do México como “Golfo da América”.
Trump também indicou que não descarta o uso de medidas econômicas ou até mesmo militares para expandir o controle americano sobre o Canal do Panamá.
Trump afirmou que poderia utilizar “força econômica” para promover a fusão entre os Estados Unidos e o Canadá. “Acabar com uma linha traçada artificialmente e observar os benefícios… Isso também traria maior segurança financeira”, declarou o presidente eleito, referindo-se à fronteira entre os dois países.
Ele também mencionou a intenção de renomear o Golfo do México, argumentando que a mudança seria apropriada. “Nós fazemos todo o trabalho lá. Que nome bonito, e é apropriado”, disse Trump, sem oferecer detalhes sobre como planeja implementar essa alteração.
Durante a mesma coletiva, Trump criticou o México pela imigração ilegal e ameaçou impor tarifas pesadas tanto ao México quanto ao Canadá. Segundo ele, essas medidas seriam uma resposta à entrada recorde de drogas nos Estados Unidos.
“O México precisa parar de permitir que milhões de pessoas entrem em nosso país. E vamos impor tarifas substanciais no México e no Canadá para compensar isso”, afirmou Trump.
O presidente eleito voltou a demonstrar interesse pelo Canal do Panamá, indicando que o controle do canal é fundamental para a segurança econômica dos EUA. Ele não descartou o uso de coerção militar ou econômica para alcançar esse objetivo, sugerindo que o canal, atualmente administrado pela China, deveria estar sob domínio americano.
“Não posso garantir que não usaremos medidas militares ou econômicas. O Canal do Panamá é vital para o nosso país, e foi construído para nossos militares. Não foi dado à China, e eles abusaram dele”, concluiu Trump.