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Alvará de construção de atacadão no Mané Garrincha será suspenso

Memorando assinado pelo secretário Marcelo Vaz determina a suspensão imediata das obras
A obra do Costa Atacadão no Eixo Monumental está com os dois alvarás de construção suspensos
A obra do Costa Atacadão no Eixo Monumental está com os dois alvarás de construção suspensos. Foto: Jorge Eduardo Antunes

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Memorando endereçado à Central de Aprovação de Projetos (CAP), assinado pelo secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Marcelo Vaz, determina a suspensão imediata da construção de um atacadão do Grupo Costa no Estádio Mané Garrincha. O documento foi expedido na noite desta sexta-feira (20), segundo o portal Metrópoles.

Como o GPS|Brasília mostrou na quinta-feira (19), parte do complexo esportivo começou a ganhar paredes e colunas nas proximidades do portão 18. No chamado Edifício 1, o alvará de construção 530/2021 está afixado, mas sem nome da construtora, apenas o dos autores do projeto e do responsável técnico.

A Seduh quer saber a finalidade do prédio comercial em construção. Ainda de acordo com o Metrópoles, os alvarás não autorizam o desenvolvimento de comércio atacadista, em qualquer de suas modalidades.

Abusos vetados em definitivo
O governador Ibaneis Rocha pretende agora limitar o uso das imediações do Mané Garrincha a atividades de esporte e turismo. Ainda de acordo com o portal Metrópoles, até terça-feira (24), ele pretende encaminhar projeto de lei à Câmara Legislativa para adequar o uso das redondezas do estádio. A medida suspenderia uma lei de 2018, que libera a região para qualquer tipo de comércio.

“Já suspendi a licença com base no PPCub, que não permite esse tipo de atividade comercial naquela área. Além disso, vou encaminhar um novo projeto de lei à Câmara Legislativa para regulamentar o uso da área da Arena”, completou, pondo fim à polêmica do atacadão.

Concessionária diz que quer o diálogo
Em nota, a concessionária Arena BSB dissee que “as obras iniciadas recentemente são parte de uma nova área comercial e de entretenimento”, que iriam trazer ainda mais opções de lazer para a população. Também afirmou que iriam paralisar as obras “até garantir o alinhamento do projeto com os interesses dos cidadãos de Brasília, através do diálogo com as autoridades competentes”.

A empresa afirmou que “sempre esteve empenhada em modernizar os equipamentos concedidos” e que recolocou Brasília “no roteiro dos grandes shows e eventos esportivos nacionais e internacionais”.