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Alunas que debocharam de colega com mais de 40 anos desistem de graduação

Após a divulgação de vídeo em que três estudantes da Universidade Unisagrado, em Bauru, no interior de São Paulo, debocharam e ofenderam a caloura Patrícia Linares, de 44 anos, por ter mais de 40 anos, a instituição de ensino instaurou um processo disciplinar para apurar o caso. No entanto, segundo a própria entidade, em meio ao andamento da ação que avaliava a conduta das três universitárias, elas decidiram solicitar a desistência do curso de Biomedicina.

 

Comunico que foi instaurado processo disciplinar e, durante, as três estudantes solicitaram a desistência do curso de Biomedicina. Dessa forma, o processo perdeu o objeto e, por isso, foi finalizado“, disse a instituição em nota.

 

Entenda o caso

 

No último dia 10, viralizou o vídeo em que as três calouras de Biomedicina da Universidade Unisagrado debocharam da colega, que também começou a estudar neste ano, por ela ser mais velha. Na ocasião, a universidade disse que o caso estava sendo tratado em âmbito institucional. O etarismo ou velhofobia corresponde à discriminação por idade contra indivíduos ou grupos etários com base em estereótipos.

 

Na publicação, uma das jovens pergunta como fazer para “desmatricular” uma colega de classe. A segunda estudante que aparece no vídeo responde: “Ela tem 40 anos já“, disse. “Era para estar aposentada“, continua uma terceira aluna no vídeo. “Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade“, afirmou, com ironia, uma delas.

 

Estudantes do quarto ano de Biomedicina se solidarizam com Patrícia. “Nós, do último ano de Biomedicina da USC, fomos até ela e a presenteamos com uma flor e chocolate! A Pati é um amor e só merece coisas boas dessa vida“, disse o grupo em publicação nas redes sociais.

 

O número de calouros com 40 anos ou mais em universidades brasileiras quase triplicou nos últimos dez anos, entre 2012 e 2021, segundo dados do Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC). A alta, de 171,1%, foi bem maior do que a variação do total de ingressantes: de 43,1%. Entre as causas, especialistas apontam, principalmente, a expansão dos cursos de ensino a distância (EAD) e a crise econômica, que obrigou muitos a tentarem recalcular a rota no mercado de trabalho.

 

Redação GPS

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