Débora Oliveira A flexibilidade é um desafio para muitas pessoas, especialmente para aqueles que passam longas horas na mesma posição, seja sentado em frente ao computador ou em pé durante o trabalho. O alongamento diário surge, então, como uma solução simples e acessível para manter os músculos soltos e aliviar tensões. Além de melhorar a postura e aumentar a mobilidade, a prática contribui para a circulação sanguínea, reduz o estresse e promove uma sensação geral de bem-estar.
Em contrapartida, a falta de alongamento também causa impacto, podendo resultar em dores musculares, rigidez nas articulações e até problemas posturais, comprometendo a qualidade de vida e o rendimento diário. Incorporar essa prática à rotina não é apenas uma questão de conforto, mas uma estratégia eficaz para evitar lesões e manter o corpo mais equilibrado.
O educador físico Leandro Baiano explica que incluir esses exercícios em diferentes momentos do dia, seja ao acordar, durante pequenas pausas no trabalho ou antes de dormir, pode garantir mais disposição e leveza nas atividades cotidianas. “Incluir o alongamento na rotina ajuda a prevenir lesões, melhorar a flexibilidade e até reduzir o estresse”, afirma.
Entre os principais benefícios está a prevenção de lesões, uma vez que a flexibilidade aumenta a amplitude dos movimentos. “Essa expansão dos movimentos evita tensões excessivas nos músculos e nas articulações. Além disso, auxilia na circulação sanguínea, levando mais oxigênio para os tecidos musculares e reduzindo a rigidez corporal”, explica o educador físico.
Para quem treina, o especialista esclarece que a prática pode ser realizada tanto antes quanto depois da atividade física, mas cada momento exige um tipo específico de execução. “Antes do treino, o ideal é optar pelo alongamento dinâmico, que envolve movimentos que ativam a musculatura e preparam o corpo para o esforço. Já após a prática esportiva, o recomendado é o alongamento estático, que consiste em manter uma posição por alguns segundos para relaxar os músculos e aliviar tensões”, sugere Baiano.
Independentemente da modalidade praticada, o alongamento desempenha um papel fundamental no desempenho esportivo. Para corredores, ele melhora a mobilidade de tornozelos, joelhos e quadris, enquanto na musculação, auxilia na flexibilidade dos músculos mais exigidos em cada treino. “A combinação de alongamento e mobilidade é essencial em esportes que exigem explosão e agilidade, como artes marciais e ginástica”, explica o profissional.
Para quem leva uma vida sedentária, o especialista alerta que é necessário aderir a prática de forma gradual. “Para aqueles sem restrições musculares ou articulares, é possível começar com movimentos leves e aumentar a intensidade conforme o corpo se adapta. No entanto, para quem já tem problemas ortopédicos ou dores crônicas, a recomendação é buscar orientação profissional para evitar complicações”, esclarece Leandro.
Outro fator importante é que embora muitas pessoas confundam, alongamento e mobilidade são conceitos distintos e complementares. O alongamento trabalha a flexibilidade muscular, enquanto os exercícios de mobilidade aprimoram a capacidade articular e neuromuscular. “Para obter melhores resultados e reduzir riscos de lesões, especialistas recomendam a combinação das duas práticas no dia a dia”, sugere o educador físico.
Entre outros benefícios, também há o impacto positivo na saúde mental. “O alongamento promove relaxamento ao reduzir a tensão muscular acumulada no dia a dia, o que contribui para diminuir os níveis de estresse e ansiedade. Com a respiração controlada e os movimentos suaves, a prática também melhora o foco e a concentração”, complementa Leandro.
