Fernanda Moura Os ovos de Páscoa já tomaram conta dos mercados e das cozinhas das confeitarias da cidade. Nas casas brasileiras, só se fala dessas delícias açucaradas. Por outro lado, enquanto o feriado mais doce do ano está a poucos dias de distância, há quem se preocupe com a relação do chocolate com a saúde da pele.
Muito se fala sobre a relação do consumo do chocolate com o aparecimento de espinhas, mas será que é bem assim mesmo? Raul Cartagena Rossi, médico membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alerta: “O que realmente está associado ao surgimento da acne é o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar e laticínios”.
Indo de encontro ao alerta do dermatologista, o chocolate por si só não é o vilão. Raul detalha que o problema está nos ingredientes, estes mais comuns em chocolates ao leite e chocolate branco.
“Leite e açúcar são elementos que favorecem a produção de sebo pelas glândulas sebáceas, provocando inflamação e, consequentemente, o aparecimento de espinhas”, explica.
Na contramão da discussão, o chocolate amargo pode ser até benéfico quando o assunto é bem-estar. “O cacau contém flavonoides com ação antioxidante. Também é fonte de magnésio e triptofano, substâncias que estimulam a produção de serotonina e endorfina. Por isso, a melhor escolha é o chocolate amargo, com pelo menos 60% de cacau na composição”, destaca o médico.
Vale ressaltar que de nada adianta evitar o chocolate e consumir outros alimentos ricos em gordura e farinha branca, por exemplo.
“O consumo frequente de doces, alimentos gordurosos, derivados de leite e carboidratos simples, como farinha branca, eleva os níveis de insulina no sangue. Isso estimula a produção de hormônios androgênicos, que aumentam a atividade das glândulas sebáceas e favorecem o aparecimento de espinhas”, conclui Raul.
