Juliana Eichler A Aliança Empresarial de Mulheres (WBA) é uma iniciativa do Brics que tem como objetivo promover o empreendedorismo feminino e a libertação da liderança para mulheres. Em 2025, o Brasil presidirá o bloco econômico e, na última quinta-feira (23), realizou o primeiro encontro do WBA, em Brasília.
Secretariada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), liderada por Mônica Monteiro (presidente do WBA) e com apoio de Ana Claudia Badra (presidente do CMEC – Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura) e de Beatriz Guimarães (presidente do CMEC-DF), a reunião deu início aos trabalhos da aliança a partir da apresentação do planejamento de ações para este ano.
Mônica Monteiro
Ganharam destaque dois projetos estratégicos específicos, que reforçam o protagonismo feminino e destacam a inovação e sustentabilidade brasileiras. O primeiro deles é o Projeto Algodão: sustentabilidade e liderança feminina na cadeia produtiva. Com foco na valorização do algodão brasileiro, o projeto promove inovação, geração de negócios, transferência de tecnologia, aumento de emprego e renda, e a competitividade industrial.
Ainda, prevê a criação de uma coleção autoral de vestuário, desenvolvida a partir do algodão brasileiro por estilistas dos países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
“Nosso objetivo é consolidar o Brasil como referência em sustentabilidade e inovação no mercado global de algodão, promovendo a participação feminina em todas as etapas do processo produtivo”, enfatizou Beatriz Guimarães durante a apresentação do projeto.
Beatriz Guimarães
A segunda iniciativa é inédita e consiste na formação de uma orquestra sinfônica formada 100% por mulheres dos países que compõem o bloco econômico. A Brics Symphony WBA 2025 promoverá, ao longo deste ano, concertos em diversas cidades brasileiras, com o intuito de fortalecer os laços culturais entre as cinco nacionalidades e promover o intercâmbio cultural.
“Esse projeto simboliza o espírito de união e cooperação entre as nações do Brics, mostrando ao mundo que a cultura é uma ferramenta poderosa para promover valores de inclusão e colaboração,” afirmou Guimarães.
Os projetos apresentados refletem o compromisso da aliança em implementar iniciativas que gerem impactos socioeconômicos e promovam a liderança feminina em diversas áreas, ao combinar inovação, sustentabilidade, cooperação cultural e fortalecimento da presença feminina no cenário global.
A reunião da WBA também faz parte das atividades do Fórum Nacional da Mulher Empresária (FNME), coordenado pela CNI, que busca acelerar a equidade de gênero nas indústrias brasileiras. O primeiro encontro do grupo em 2025 demonstra o papel estratégico do Brasil no fortalecimento da liderança feminina no Brics, o que reforça a cooperação internacional e o desenvolvimento sustentável como pilares centrais.
