Alcolumbre rejeita pressão de bolsonaristas e mantém recesso do Congresso

Presidente do Senado afirma que sessões só retornam em agosto

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), rechaçou nesta sexta-feira (18) a possibilidade de cancelar o recesso parlamentar de julho. “Está mantido, conforme amplamente e previamente anunciado”, destacou o senador. 

A declaração do presidente do Senado é uma resposta a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que defendem o fim do período de férias dos parlamentares para votar medidas que miram o Supremo Tribunal Federal (STF). O recesso parlamentar se iniciou hoje. 

“Durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões. As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas no plenário do Senado e nas comissões, incluindo o início da apreciação e votação de indicações de autoridades, conforme cronograma já divulgado”, sustentou o senador, em nota. 

Aliados reagem 

Mais cedo, opositores ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados de Bolsonaro criticaram a operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente. Em coletiva, senadores e deputados do PL criticaram o STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e anunciaram que irão pressionar pelo fim do chamado “recesso branco” no Congresso para tratar do tema.

A ideia é reunir as lideranças já na segunda-feira (22) para solicitar uma reunião com Alcolumbre e cobrar uma resposta institucional contra o que classificam como “abalo” e “escalada autoritária”.

Os oposicionistas também defenderam medidas contra o STF, como o fim do foro privilegiado para ministros, e acusaram a Corte de tentar intimidar o Legislativo. Para eles, a operação teve viés político com o objetivo de minar Bolsonaro na corrida eleitoral de 2026. 

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Edição 42

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