A situação do Afeganistão, que enfrenta o radicalismo do Talibã, fez com que milhares de pessoas optassem pela imigração. É o caso de 127 afegãos que chegam ao Brasil neste ano, e aguardam no **Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU)**, em São Paulo, para serem acolhidos com seus respectivos diplomas e vistos em mãos.
São todos profissionais de alta escolaridade que, por não receberem o suporte e oportunidades necessárias, acabam acampando no aeroporto. Essas pessoas receberam diversos mantimentos, além de terem sido devidamente vacinadas.
![Famílias vindas do Afeganistão (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_d6dbc13ce8.jpeg)
**Entenda**
O governo brasileiro publicou no ano passado, no Diário Oficial da União (DOU), [a portaria interministerial de n.170](https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=08/09/2021&jornal=515&pagina=146&totalArquivos=173), que autoriza o visto temporário e residência dos imigrantes afegãos por razões humanitárias.
Segundo dados fornecidos pela **Delegacia da Polícia Federal do GRU**, mais de 600 pessoas nesta situação imigraram só em setembro. E, de acordo com a **prefeitura de Guarulhos*, 47 afegãos foram encaminhados para **abrigos em Morungaba**, na região metropolitana de Campinas.
>“O governo federal, que emitiu os vistos humanitários, precisa, conforme determina a lei, coordenar os trabalhos com os demais entes federativos de modo a evitar situações tão graves como a atual onde, nesse momento, crianças e bebês afegãos estão em situação de total vulnerabilidade no saguão do aeroporto. Isso é inadmissível”, afirmou o procurador da República Guilherme Rocha Göpfert.
A lei nº 13.684/2018 estabelece que os três entes federativos são obrigados a adotar medidas que protejam os direitos básicos dessas pessoas (que incluem proteção social, atenção à saúde e qualificação profissional), de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).