Após a repercussão da busca e apreensão da Polícia Federal, nesta quinta-feira (8), que encontrou uma “minuta de golpe”, a mesma achada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, um dos advogados de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Amador da Cunha Bueno, esclareceu o fato à imprensa.
A informação foi divulgada pela jornalista Daniela Lima, da Globo News, após a operação que investiga a possibilidade de tentativa de golpe de Estado contra o resultado das eleições de 2022.
Mais cedo, a Polícia Federal encontrou na sede do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro em Brasília, um documento que defenderia a decretação de um Estado de Sítio e da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no país.
Segundo o defensor do ex-presidente, foi ele próprio (o advogado) quem encaminhou a minuta para sugerir o decreto de Estado de Sítio para o celular do ex-presidente, a chamada “GLO”.
Pelos termos legais, a sigla significa a Garantia da Lei e da Ordem, para conceder aos militares o poder de atuar como polícia no Brasil.
O advogado justificou o envio, explicando que o material foi impresso com o intuito de “facilitar a leitura” para Bolsonaro.
O defensor também afirmou, segundo a jornalista, que se trata do mesmo arquivo que havia sido apreendido anteriormente com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e que assinou uma delação premiada para esclarecer as suspeitas envolvendo o ex-presidente.
Contudo, à Revista Veja, Bolsonaro afirmou nunca ter visto “essa papelada”, segundo a jornalista. “Ele chegou a dizer que nunca teria visto visto a minuta golpista”, completa a apresentadora.
Veja:
O adv de Bolsonaro diz em nota oficial q foi ele quem encaminhou para o celular de Bolsonaro a minuta de estado de sítio encontrada pela PF no PL. O advogado diz ainda q o material foi impresso para “facilitar a leitura”. Segundo ele, trata-se do mesmo arquivo apreendido com Cid
— Daniela Lima (@DanielaLima_) February 9, 2024
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