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Adote Uma Praça já tem mais de 270 propostas de adoção de espaços públicos

O programa **Adote Uma Praça** já recebeu 277 propostas de adoção de espaços públicos entre o lançamento, em maio de 2019, e esta sexta-feira (21). Do total de envios, realizados por pessoas físicas e empresas, **61 já estão concluídos**; 61 estão com reformas em andamento; e outros 91 em fase de análise pelas administrações regionais e **Secretaria de Projetos Especiais do Distrito Federal (Sepe)**. As tratativas restantes foram negadas ou suspensas por não atenderem aos critérios definidos por decreto.

**[Veja aqui o decreto que estabeleceu as diretrizes do programa Adoter Uma Praça](https://www.sepe.df.gov.br/veja-aqui-o-decreto-que-instituiu-o-programa-adote-uma-praca/)**

Na avaliação do **secretário de Projetos Especiais, Roberto Andrade**, a quantidade de sugestões indica que a população está comprometida com a cidade. “_O projeto tem o cunho de resgate da consciência cidadã e número de locais inaugurados_”, aponta. “_Em quase quatro anos de existência, demonstra que as pessoas, físicas ou jurídicas, absorveram bem a iniciativa. A preservação do bem público é uma questão de pertencimento_”.

As proposições para adoção contemplam **24 regiões administrativas (RAs)**, dentre as quais 15 cidades já contam com espaços adotados e inaugurados. **Destacam-se o Plano Piloto e o Gama, cidades que mais repaginaram espaços públicos**. No Plano Piloto, 12 locais estão aptos para uso e outros sete se encontram com obras em andamento. No Gama, dez projetos já foram inaugurados e outros dez estão sendo reformados.

A lista de RAs com **proposições aceitas e concluídas** é composta ainda por Águas Claras, Brazlândia, Ceilândia, Guará, Jardim Botânico, Lago Sul, Paranoá, Planaltina, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho 2, Sudoeste/Octogonal e Taguatinga.

![](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/praca_quadros_7d86aca999.jpeg)

**Participação social**

“_O programa Adote Uma Praça estimula a preservação de áreas públicas na capital e incentiva a participação social para a melhoria de espaços urbanos por meio de parcerias_”, reforça a **administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro**. “_Isso fortalece ainda mais as ações realizadas pelo poder público, deixando nossa cidade mais bonita, bem-cuidada e organizada. A melhor forma de prevenir a degradação das áreas é com o cuidado coletivo._”

Além de praças, diversos outros locais podem ser **alvo de manutenções**: áreas verdes, estacionamentos, parques urbanos,jardins, rotatórias, canteiros centrais de avenidas, pontos turísticos, monumentos e outros espaços e bens de propriedade do DF colocados ao uso da **comunidade**.

A **subsecretária de Desestatização, Desinvestimento e Desimobilização da Sepe, Danielle Rodrigues**, explica que existem requisitos para se adotar um local: “_Tem que ser uma área usável por toda a população, área pública mesmo, e não pode haver nenhum tipo de impedimento ao uso, como cercas e cobranças financeiras_”.

A pasta busca **ativamente** novos adotantes, a partir da distribuição de folders sobre o programa em áreas que já são cuidadas pela população. “_Vemos que há muitas áreas que estão adotadas, porém, não são regularizadas dentro do programa_”, comenta Danielle. “_Conversamos com moradores que moram próximo a esses pontos e, muitas vezes, a pessoa não sabe o que é o projeto, mesmo já cumprindo boa parte dos requisitos_”.

**Lazer garantido**

Conforme estipulado em decreto, o **objetivo do programa** é “_qualificar, requalificar, embelezar e conservar os mobiliários urbanos e os logradouros públicos_”, bem como “_promover ações urbanas comunitárias para desenvolver o senso de pertencimento e a qualidade de vida da população local_”. A adesão pode partir de empresas, com reformas em áreas próximas a empreendimentos – desde que não utilizem o espaço para promoção publicitária -, ou pessoas físicas.

É o caso da **arquiteta Juliana Mendes, 38 anos**, responsável pela adoção de um parquinho na **313 Sul** junto a outros moradores. Em abril de 2019, uma outra moradora da quadra iniciou uma mobilização para **reforma do local**, que estava completamente abandonado. Muitos residentes, incluindo Juliana, aderiram à ideia e iniciaram um trabalho de repaginação.

![Moradores se uniram para reformar um espaço que estava abandonado na 313 Sul](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/praca1_21b276af69.jpg)

“_Como arquiteta, verifiquei junto à administração regional como fazer a reforma, e foi quando soube do programa Adote Uma Praça_”, relembra ela. Com o projeto aprovado, **os moradores compraram novos brinquedos**, reformaram o alambrado do parquinho e trocaram areia, com apoio de funcionários da administração.

**Melhorias para todos**

Em outubro do mesmo ano, **após seis meses de trabalho intenso, o parquinho foi reinaugurado** e novas demandas surgiram. “_Foi o pontapé inicial para uma série de melhorias na praça, que estava abandonada, e agora é um lugar vivo, com muitas crianças_”, conta Juliana.

A adoção permitiu a compra de cinco brinquedos para as crianças, como escorregadores e balanços, instalados dentro do **parquinho infantil**, além de uma mesa de pingue-pongue, uma mesa de xadrez e golzinhos para futebol. As aquisições tiveram custo superior a R$ 35 mil, obtido por arrecadação coletiva entre os prédios da quadra.

Os amigos Filipe Alves, 25 anos, e Breno Biank, 26, não moram na quadra, mas consideram a **mesa de pingue-pongue** como a melhor parte da praça. Ambos trabalham como motoboys de terça-feira a domingo, e, sempre que têm uma pausa entre uma entrega e outra, estão jogando e se divertindo no espaço público.

![Programa incentiva o melhoramento dos espaços públicos para lazer da população (Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Joel_Rodrigues_Agencia_Brasilia_praca1_7194146e13.jpg)

“_A gente viu ela de longe, e foi amor à primeira vista_”, revela Filipe, que, após descobrir o equipamento, comprou um **par de raquetes e uma bolinha de pingue-pongue**. Breno complementa: “_É uma distração muito boa e do lado do trabalho; então, quando temos que sair, nosso chefe manda uma mensagem e vamos. Até ele já jogou com a gente_”.

Redação GPS

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