Redação GPS Hoje no DF há quase cinco famílias habilitadas à adoção para cada criança ou adolescente que aguarda por um lar. Isso acontece porque o perfil desejado pelos pretendentes a adotar é diferente daquele de quem espera para ser adotado. Se de um lado 85% das famílias buscam crianças até os 3 anos, de outro 90% delas têm idade superior à desejada. Somam-se ao perfil recorrentemente preterido pelas famílias os grupos de irmãos numerosos. Cerca de 70% dos habilitados até aceitam acolher mais de um filho, no entanto, o número cai para 20% quando se trata de grupos a partir de três crianças ou adolescentes.
Para aumentar as chances desses meninos e meninas que não correspondem ao perfil desejado pelos pretendentes habilitados no Sistema Nacional de Adoção (SNA), a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal (VIJ-DF) criou o Em Busca de um Lar. Em sua terceira fase, a iniciativa procura uma família para quem já passou da idade mais desejada pelos pretendentes, para grupos de irmãos e para crianças e adolescentes com deficiência ou problemas de saúde, perfis que também são menos buscados no acolhimento adotivo.
Pela voz do projeto da VIJ-DF, as famílias interessadas em adotar uma criança passam a conhecer as histórias de Marias, Vitórias, Pedros e outros jovens, muitos deles com seus irmãos. São crianças e adolescentes com histórias diferentes, mas com o mesmo sonho: ter uma família.
[Veja aqui as histórias das crianças do projeto Em Busca de Um Lar](https://www.tjdft.jus.br/informacoes/infancia-e-juventude/programas-e-projetos/em-busca-de-um-lar-1)
Em comum com as outras crianças estão os gostos por brincadeiras, bicicletas, música e filmes.
**Conheça algumas histórias**
Lucas (14), Marcos (13), Ana Clara (11) e Guilherme (10) são irmãos que sonham em ter uma família que lhes dê amor, carinho e respeito e com a qual possam compartilhar momentos do dia a dia, como assistir a um filme juntos – coisa que eles gostam muito de fazer. Se pudessem pedir mais um pouquinho, imaginam que também seria legal ter avós. Eles são descritos como um grupo muito unido. Lucas e Marcos adoram futebol e gostam de jogar bola juntos. Ana Clara gosta de ler, andar de bicicleta e brincar. Guilherme também gosta de brincar e de bicicleta e, além disso, adora dançar e dar abraços.
Zenilda (14), Kauã (12), Maria Francisca (11) e Francisco Joaquim (8) são daqueles irmãos que adoram estar próximos. Gostam de brincar, ver filmes, passear, tudo na companhia um do outro. A família ideal para eles seria uma em que estivessem juntos e tivessem amor e carinho. Maria completa: “Uma que não nos maltrate”. Zenilda gosta de moda, de costurar, estudar e de assistir televisão. Kauã adora cinema, assistir a filmes e séries, cozinhar, jogar videogame e queimada. Brincar é do que Maria Francisca diz que mais gosta. O caçula, Francisco Joaquim, gosta de ler, de descobrir coisas novas, de animais e de tudo na escola.
Já os irmãos Vitória (15), Daniel (11) e Alexandre (9) falam que sonham em ter uma família com quem possam viver a sensação de “estar em casa”. Eles desejam receber carinho e imaginam que seria muito legal poder passear em grupo – os três gostam muito de saídas ao ar livre. Vitória, além de estudar, participa do programa primeiro emprego, gosta de ouvir música, jogar queimada e adora ir ao parque. Daniel e Alexandre compartilham o gosto pelo futebol e por brincar. Daniel gosta de fazer redações e de pesquisar sobre coisas que ainda não conhece, como astronomia e outras curiosidades. Alexandre, o mais novo, gosta de conversar com as pessoas e tem muita facilidade em fazer amigos.
Uma família que se faça presente em suas vidas é o desejo dos irmãos Rogério (12), Renata (14) e Natasha (16). O caçula conta que imagina poder sair pra passear com a família e ver filme juntos, comendo pipoca. Além disso, eles sonham com uma família que seja do bem e que os eduque. Rogério tem paixão pelo futebol, curte soltar pipa, brincar de modo geral, ir à escola e ficar em casa. Renata também gosta de brincar, principalmente de queimada – inclusive com a irmã, Natasha. A mais velha divide a rotina escolar com o estágio e aproveita o tempo livre com hobbies, como dançar, ler e escrever.
O adolescente Luiz Felipe (16) fala que a melhor família para ele seria aquela que lhe desse carinho, cuidasse dele e o corrigisse quando necessário. Também seria bom se a família o apoiasse em seus sonhos, como o de se formar na faculdade e ser juiz ou delegado e assim ajudar as pessoas. Quando não está na escola ou no estágio, ele gosta de soltar pipa, jogar futebol, ler quadrinhos e livros, assistir a filmes e séries – especialmente de ação, aventura e comédia. Luiz Felipe também gosta de passear, sobretudo ao ar livre.
**Busca ativa**
Para encontrar uma família que acolha as crianças, o Em Busca de Um Lar usa a ferramenta da busca ativa, isto é, a procura proativa por famílias em condições legais de adotar. Para chegar até essas famílias, o programa dá voz a meninas e meninos que não se enquadram no perfil clássico de adoção por meio de fotos e vídeos produzidos pela Seção de Comunicação Institucional da VIJ-DF.
Todo o material de divulgação conta com a prévia preparação emocional e concordância dos participantes e de seus guardiões institucionais, além de expressa autorização judicial. As imagens são divulgadas no site do TJDFT e nas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube do Tribunal e grupos de WhatsApp), bem como pelos veículos de imprensa que espontaneamente apoiam a ação.
Todas as pessoas que assistirem a divulgação de um adolescente ou grupo de irmãos inserido no Em Busca de um Lar e se interessarem em adotá-los podem entrar em contato com a VIJ-DF enviando sua mensagem pelo WhatsApp para o número (61) 99272-7849 ou para o e-mail [embuscadeumlar.vij@tjdft.jus.br](embuscadeumlar.vij@tjdft.jus.br).
_* Com informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT)_
