Dinahir Tostes Caymmi, ou simplesmente Nana Caymmi, nos deixou nesta quinta-feira (1), aos 84 anos. A cantora de uma voz inconfundível estava internada há nove meses no Rio de Janeiro, para tratar de uma arritmia cardíaca e implantar um marca-passo. De acordo com a assessoria de imprensa, a causa de sua morte foi falência múltipla dos órgãos.
Nascida e criada em uma família de músicos — era filha de Dorival Caymmi com Stella Maris, e irmã de Danilo e Dori —, a artista carioca despontou na MPB dos anos 60. À época, quando ainda era adolescente, Nana estreou na música ao lado do pai em um dueto na música Acalanto, composta por Dorival quando a primogênita ainda era bebê.

Dori e Nana Caymmi | Foto: reprodução/Instagram
Depois de gravar o primeiro disco solo, no ano seguinte, a carioca foi morar na Venezuela aos 18 anos, após se casar com um médico venezuelano. Depois de quatro anos, ela voltou para o País com as filhas Stella e Denise e grávida de João Gilberto.
Ao passo em que sua carreira musical decolava, em 1966 Nana venceu o Festival Internacional da Canção com uma interpretação de Saveiros, composta por seu irmão e Nelson Motta. Um ano depois, ao lado do então marido Gilberto Gil, apresentou a composição Bom Dia no Festival de Música Brasileira, na Record.

Gilberto Gil e Nana | Foto: reprodução
Ao longo de cinco décadas de carreira, a artista trabalhou ao lado de grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Milton Nascimento, João Donato, Roberto Carlos, Vinicius de Morais e outros ícones.
Nana gravou outras dezenas de discos na carreira. Entre eles, Nana Caymmi (1975); Renascer (1976); Voz e Suor (1983); Bolero (1993); e A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran (1994).
Os últimos álbuns lançados pela cantora são Nana, Tom, Vinicius (2020) e Nana Caymmi Canta Tito Madi (2019).
Em 2004, a carioca e os irmãos foram homenageados com o título de cidadãos baianos.
Nana deixa três filhos e duas netas.