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Acusado de atropelar mulher na porta de casa no Lago Sul vai a júri popular

Caso ocorreu em 2021, após uma discussão de trânsito entre os envolvidos

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Nesta terça-feira (25/7), o advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 39 anos, enfrentará o Tribunal do Júri do Trubunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), acusado de tentativa de homicídio qualificado contra a servidora Tatiana Thelecildes Fernandes Matsunaga. O crime ocorreu em agosto de 2021, quando Paulo Ricardo atropelou Tatiana na porta de sua casa, após uma discussão de trânsito no Lago Sul, Distrito Federal.

 

Desde então, o réu permanece preso preventivamente no 19º Batalhão de Polícia Militar, no Complexo Penitenciário da Papuda, com diversos pedidos de liberdade negados pela Justiça, em diferentes instâncias.

 

A promotoria e a assistência de acusação alegam que o motorista agiu com intenção ao atropelar Tatiana, utilizando-se de motivo fútil e recursos que dificultaram sua defesa. Já os advogados de defesa do acusado sustentam que o atropelamento não foi intencional.

 

Mas o laudo pericial apresentado pela Polícia Civil do Distrito Federal aponta que o Paulo Ricardo Milhomem poderia ter evitado o caso se tivesse iniciado o processo de desaceleração antes do momento em que ocorreu o atropelamento. Alem disso, Tatiana estava em seu campo de visão. A estimativa é que Paulo Ricardo dirigia a uma velocidade média entre 18 km/h e 21 km/h.

 

Imagens de câmeras de segurança do Lago Sul registraram o momento da perseguição, mostrando Paulo Ricardo seguindo a vítima desde outro ponto da região. Já na porta da casa, outras câmeras flagraram o atropelamento de Tatiana, na frente do marido e do filho do casal, com apenas 8 anos na época.

 

Após o atropelamento, Tatiana sofreu graves lesões, incluindo traumatismo cranioencefálico, fraturas no rosto e múltiplas lesões no quadril e tornozelo. Seu processo de recuperação tem sido longo e exige tratamentos médicos e fisioterapia contínua. Também houve dano psicológico e trauma para ela e toda sua família.

 

A defesa de Tatiana destaca que o caso foi qualificado como tentativa de homicídio pela Justiça, devido à violência e intenção de causar danos graves à vítima. A família espera que o Tribunal do Júri faça justiça e responsabilize o réu pelo crime cometido.

 

“Durante os últimos 23 meses, Tatiana e o marido Cláudio guardaram o silêncio, focados no tratamento e na recuperação de sua saúde. Hoje, a palavra que define os esforços do casal é superação. Com muito esforço, com a bênção de Deus, a ajuda das equipes médicas do Hospital Brasília e da Rede Sarah e o apoio da família, ela está vencendo uma agressão cruel e injustificada, tendo retomado suas atividades laborais no começo deste ano, ainda que com limitações”, diz.

 

Ainda segundo a nota, “esta nova chance de viver faz com que ela dê atenção a todos os momentos de sua vida e de sua família, pedindo paz e desejando viver sem medo. O casal reafirma sua confiança na Justiça e deseja que ela se manifeste plenamente no Tribunal do Júri, na terça-feira, responsabilizando quem deve pagar pelo crime cometido”.