A vida é um movimento de retalhos

Quando pensamos em **retalhos**, logo visualizamos um pedaço de pano, um corte em algum tecido. Mas, como _amo as metáforas_ para alcançar um pouco da **infinitude** da nossa alma, percebo que nossa vida é um _movimento de retalhos_.

Por mais que busquemos **entender a vida** como um todo, nós não conseguimos, pois a sensação que temos é que a **existência** é apresentada em pedaços, em partes e em processos. Esses fragmentos pessoais que carregamos constitui o valor que cada um de nós possui. A nossa história são partes de retalhos que, costuradas, _formam a beleza que somos_ e que precisamos ver numa visão ampla.

Retalhos são **histórias**. Histórias são _memórias que marcam partes de nossa vida_. Os rasgos dentro de um contexto são **interpretações** e **experiências** que teceram o que sentimos e pensamos. É muito bom contar, narrar e falar sobre essas histórias. No processo da narrativa nos encontramos e, ao mesmo tempo, entendemos que _cada um deu conta do que foi viável_, possível nos tempos convidativos para viver.

Na costura da lembrança narrada, acontecem os _encontros_, a _redenção_, o _perdão*, a _compaixão_ e o _acolhimento_. Nossas relações são vivificadas, as **aproximações** são refeitas e o elo do coração é costurado como retalhos que precisam complementar os espaços vazios. Meu desejo é que um dia possamos aprender a bordar os retalhos nos nossos **corações** e aproximar o que está distante de nós.

**_Boa semana!_**

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