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A vida de Paul McCartney no Royal Tulip

Brincalhão, simpático e educado. Esta tríade de qualidades é a definição dada pelos funcionários do Royal Tulip após a passagem de sir Paul McCartney pelo melhor e mais luxuoso hotel da cidade. Se nas ruas o magnífico show da última quinta-feira (30) ainda é assunto, a experiência de receber um ex-Beatle ecoa entre os principais membros do staff .

O maior astro mundial da música foi recebido com a mesma pompa e circunstância no hotel que já hospedou presidentes como Barack Obama e Joe Biden, a então primeira-ministra Angela Merkel e o todo-poderoso líder russo, Vladimir Putin. Sua comitiva também se assemelhava a que costuma acompanhar estes chefes de estado. Afinal, como conta Jean Nogueira, gerente-geral do Royal Tulip, foram 50 apartamentos reservados para atender todo o staff de Paul McCartney. “A missão precursora chegou dia 18 de novembro e o núcleo do show ficou conosco entre os dias 26 e 1° de dezembro”, relembra.

Jean Nogueira, gerente-geral do Royal Tulip, relembra a passagem de Paul McCartney pelo hotel

Jean Nogueira, gerente-geral do Royal Tulip, relembra a passagem de Paul McCartney pelo hotel. Foto: Divulgação

As solicitações especiais do astro já são conhecidas – e, para lembrar a matéria que o GPS Brasília publicou, basta clicar aqui. Algumas foram complicadas para se atender, como a margarina de soja verde. Mas o fato de ele mesmo preparar o próprio café da manhã encantou a todos. Um amor mútuo, já que Paul também ficou encantado com o cardápio do chef Elízio Corrêa, especialmente com o hambúrguer vegano e a marquise de chocolate com maracujá e manga, receita que ganhou um toque único para o cantor inglês. Esta última, ele comia aos montes.

Mas houve outro encantamento com o serviço do Royal Tulip. A margarita feita pelo barman Édson Teixeira Campos, a partir de uma solicitação do próprio Paul McCartney, com três doses de tequila, duas de contreau, 20ml de suco de limão e 100ml de suco de laranja, agitados em uma coqueteleira e servida com um dedo acima da base do copo, sem que o sal escorresse ou encostasse na mistura. Segundo Campos, o músico inglês surpreendeu-se com o sabor. “Ele bebeu e soltou um grito: ‘wow!!!!’. Mas, depois, pediu para diminuir a tequila”, conta, sorrindo.

O atendimento o encantou tanto que Paul McCartney só saía do hotel para pedalar nas imediações, sempre após sua sessão diária no piano de cauda, que teve de ser içado pela lateral do prédio, e antes da massoterapia de cada dia. Acostumou-se tanto ao ambiente que usava a academia sem pedir que fosse fechada – para sua comodidade, eram escolhidos os horários mais vazios e, por precaução, um segurança o acompanhava.

Era nesta hora que Grayce Cardoso, a guest relations do Royal Tulip, comandava seu exército, para arrumar e reabastecer a suíte presidencial usada por ele. Entre os itens, não podia faltar dois jornais impressos, um britânico e um norte-americano. E ela soube escolher.

“Todos os dias, baixávamos as edições do The Guardian e do The New York Times, imprimíamos e encadernávamos em A4, deixando na porta do quarto”, conta ela, apelidada por Paul de sua “segurança” e de “gentle lady”. Fluente em inglês e francês, a profissional tem sua história para contar. “Quase morri de emoção quando, já nos últimos dias, ele colocou a mão no meu ombro”, disse a fã dos Beatles e hoje cada vez mais fã de sir Paul McCartney.

No geral, as emoções foram muitas para a equipe, já que ele sempre passava pelo lobby do hotel. “Na volta da apresentação no Clube do Choro, ele fez isso. E o lobby estava lotado. Foi uma loucura. Então, preparamos um esquema para evitar aglomerações, com a passagem dele por um corredor no meio, permitindo a integração com os hóspedes, mas sem dar muito trabalho aos seguranças”, conta Jean.

Essa relação de identidade e afeto foi criando vínculos a ponto de ele contrariar uma tradição. “Antes de sua chegada, fui informado que ele nunca voltava aos hotéis. Do show, saía direto para o aeroporto e de lá voava para a próxima cidade. Aqui, não só voltou, como jantou no Vip Lounge após o show e saiu do hotel apenas às 16h”, conta Jean Nogueira. Se Paul saiu deixando saudades, certamente ficou com um “miss you” no coração após cruzar, pela última vez, o portão do suntuoso Royal Tulip

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