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“A polícia não fez nada para nos impedir”, diz Ana Priscila à CPI

A CPI dos Atos Antidemocráticos ouviu, nesta quinta-feira (28), Ana Priscila Silva de Azevedo, presa desde o dia 10 de janeiro por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ela é apontada como uma das articuladoras dos ataques de 8/1 em Brasília.

Ana declarou à comissão que, no dia dos ataques, teria havido uma facilitação por parte das forças policiais e que o efetivo destinado para conter os manifestantes era irrisório. “O que eu vi no dia 8/1 foi uma polícia inerte, que não fez absolutamente nada. Eu nunca vi a praça dos três poderes tão desguarnecida, não tinha contingente policial nenhum. A polícia não fez nada, os policiais estavam parados”, declarou.

O relator da CPI, deputado Hermeto (MDB), rebateu duramente as falas da depoente. Segundo ele, houve falha no dimensionamento do efetivo, mas não se pode falar que os policiais estavam inertes. Hermeto atribuiu as falhas ocorridas no dia 8/1 ao alto comando da polícia, não aos soldados que atuaram na linha de frente.

“Faltou efetivo, tanto é que os coronéis estão presos por falta de planejamento. Mas todos os policiais que estavam ali foram vítimas de vocês, que queriam quebrar tudo, acabar com tudo. Praças, soldados, cabos, ali ninguém compactuou com aquilo. Uma policial quase foi assassinada pelos ‘ditos’ patriotas”, afirmou Hermeto.

O Vandalismo foi praticado por infiltrados

Em resposta ao presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), Ana Priscila afirmou que as manifestações foram pacíficas. Ela declarou que o vandalismo aos prédios do executivo, legislativo e judiciário teriam sido causados por infiltrados. “Aquele vandalismo, tudo aquilo que aconteceu, não foram os patriotas que fizeram, foram infiltrados, com certeza”, afirmou.

Priscila ainda negou rumores de que ela própria seria uma “infiltrada da esquerda”, afirmando que é investigada desde 2019. “Eu sou conservadora, cristã, patriota convicta, jamais infiltrada”, afirmou. Ana ficou conhecida por sua atuação em redes sociais inflamando manifestantes que questionavam o resultado das eleições presidenciais de 2022. Em uma postagem antes dos ataques, ela chegou a dizer iriam “sitiar os três poderes” e que o “Brasil iria parar”. Ela está detida no presídio da Colmeia, no Distrito Federal.

 

Agência CLDF

Redação GPS

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