O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou neste domingo (19) o retorno do funcionamento do TikTok após a plataforma ter sido bloqueada devido a uma proibição legal. Durante um comício em Washington, seu último antes da posse marcada para esta segunda-feira (20), Trump afirmou que tomará medidas para evitar que a lei que proibiu o aplicativo continue em vigor.
“A partir de hoje, o TikTok está de volta”, declarou o presidente eleito, que se comprometeu a emitir uma ordem executiva ao assumir o cargo, garantindo que a plataforma possa continuar operando nos Estados Unidos.
Trump também sugeriu que o TikTok seja transformado em um consórcio com participação parcial de investidores americanos, enfatizando o potencial econômico da rede social. “Gostem do TikTok ou não, faremos muito dinheiro”, disse Trump em suas redes sociais antes do evento. Ele também mencionou ter se reunido com o CEO do aplicativo, a quem descreveu como “um rapaz jovem e competente”.
Entenda o caso
Na sexta-feira (17), a Suprema Corte dos EUA validou a lei que obriga a ByteDance, empresa chinesa controladora do TikTok, a vender a plataforma, argumentando preocupações com segurança nacional. A legislação cita riscos de espionagem, coleta de dados sensíveis e manipulação de informações pelo governo chinês.
Na manhã deste domingo, o TikTok começou a ficar indisponível em território americano, gerando reações de usuários e debates políticos. Durante o comício, Trump anunciou a possibilidade de conceder uma licença temporária de 90 dias para a operação da plataforma, caso a ByteDance inicie o processo de venda para investidores norte-americanos.
A rede social, popular principalmente entre jovens, é considerada estratégica para campanhas políticas e comunicação direta com o público. A medida é vista como um gesto de Trump para equilibrar as preocupações de segurança com o impacto cultural e econômico da plataforma.