A moda de Giorgio Armani em 10 desfiles históricos

Uma viagem pela história da moda através das coleções que marcaram o estilo do mestre italiano Giorgio Armani

O mundo da moda foi surpreendido nesta quinta-feira (4) com a notícia da morte de Giorgio Armani, aos 91 anos. O estilista italiano, que havia completado aniversário em 11 de julho, deixa um legado que vai além das roupas: ele construiu um novo olhar para a moda. Sua alfaiataria impecável, seu minimalismo refinado e sua atenção rigorosa aos detalhes fizeram dele o verdadeiro arquiteto da elegância contemporânea.

Ao longo de cinco décadas, Armani transformou cada desfile em uma narrativa de estilo e poder. De ternos desconstruídos a vestidos futuristas, suas passarelas contaram a história de uma moda silenciosa e, ao mesmo tempo, revolucionária.

Os marcos da passarela
1. No desfile da coleção ready-to-wear do outono de 1981, o terno desconstruído surgiu como manifesto de modernidade. Leve, fluido e em tons neutros, libertou a alfaiataria da rigidez e se tornou símbolo do chamado Armani look.

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Desfile Armani outono 1981 ready-to-wear | (Foto: Fairchild Archive/WWD/PenskeMedia via Getty Images)

2. Na passarela da coleção de outono-inverno 1984, a mulher Armani entrou em cena. Vestida com ternos de corte preciso e movimento livre, encarnava a independência feminina dos anos 80.

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Giorgio Armani outono-inverno 1984 | (Foto: reprodução/Facebook)

3. Já no desfile de primavera-verão 1991, em meio aos excessos da década, o italiano reafirmou o poder do quiet luxury com tecidos leves e linhas limpas.

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Armani primavera-verão 1991 | (foto: reprodução/barbiescanner)

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(foto: reprodução/barbiescanner)

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4. No outono-inverno de 1998, o veludo e os tons escuros trouxeram à passarela uma atmosfera dramática, quase cinematográfica, que ampliou sua narrativa estética, mas sem fugir da sua clássica alfaiataria.

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Coleção de outono-inverno 1998 | (Foto: reprodução/First View)

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5. A estreia da linha de alta-costura da marca, a Armani Privé, ocorreu no ano de 2005 em Paris. A partir dela, pudemos apreciar ainda mais os trabalhos com vestidos esculturais, cortes impecáveis, bordados, pedrarias e a atenção do estilista aos detalhes.

6.  Em 2011, a partir da coleção Lunar, com vestidos prateados e acetinados, Armani levou a moda ao espaço, sem perder a sobriedade que o caracterizava.

7. Na coleção de primavera-verão 2019, o designer surpreendeu a todos quando apresentou uma explosão de cores vibrantes, como rosa, azul e verde, renovando sua linguagem sem abrir mão da sofisticação.

8. Em plena pandemia, em 2020, foi pioneiro ao desfilar sem público presencial, transmitindo ao vivo sua coleção outono-inverno. Um gesto visionário e responsável em tempos de incerteza.

9. O retorno da alta-costura presencial foi celebrado com a coleção Shine, que trouxe alfaiataria e vestidos luminosos, metalizados, cheios de brilho, marcando um reencontro simbólico entre moda e público, em 2021.

10. Em 2025, em Paris, o estilista italiano celebrou os 20 anos da linha de alta-costura Armani Privé,  com a coleção Lumières. Esta foi sua última aparição em um desfile antes de sua morte.

O silêncio que nunca passa despercebido
Armani costumava dizer que a verdadeira elegância não grita — ela sussurra. Seus desfiles provaram isso: cada um, à sua maneira, escreveu capítulos fundamentais da história da moda, equilibrando sobriedade e inovação, tradição e futuro.

Com sua partida, a moda perde não apenas um de seus maiores mestres, mas também um contador de histórias que sabia transformar tecidos em narrativas. Ainda assim, cada passarela permanece viva como testemunho de seu olhar eterno: a convicção de que estilo é, acima de tudo, uma forma de liberdade.

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Edição 42

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