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A inclusão de fato atende as necessidades de pessoas fora do padrão?

Na era do _clamor_ por **representatividade**, sendo ela as mais diversas **formas** possíveis, já podemos notar que marcas ‒ principalmente do segmento da _moda_ ‒, têm adotado posicionamentos **inclusivos**, para atender os mais distintos _gêneros, biotipos e tamanhos_.

Porém, analisando esse cenário de forma criteriosa, surge o questionamento: **_‘Até onde vai essa inclusão?’_**. Eu, **baiana**, e **forte defensora** do movimento **Corpo Positivo**, reforço sobre como ainda existe um grande _abismo_ entre as marcas ditas _inclusivas_, frente às **necessidades** das pessoas com corpos fora do padrão.

Tornou-se comum vermos mais campanhas apresentando a **diversidade** de _corpos, cores e tamanhos_, porém, a **padronização** e a **dificuldade** de encontrar peças específicas nas lojas físicas continua sendo um _obstáculo_ para a **autoestima** de milhares de pessoas. _“Por mais que o espaço para quem veste acima do 40 esteja cada vez mais amplo, o setor ainda necessita de uma atenção maior. Não é comum encontrarmos araras de peças plus size específicas, como o biquíni, que para muitos, ainda é uma parte da vestimenta que assombra pessoas com corpos fora do padrão”_.

A inserção de _manequins variados_ apenas em lojas online e e-commerce preenche em parte as **necessidades** de termos peças para diferentes corpos, uma vez que a depender da marca, o formato e tamanho _podem variar_, mesmo que seja exatamente o número que o indivíduo necessite. Após fazer as pazes com meu corpo eu passei a olhar para as marcas com outras **perspectivas**, e senti na pele o que é _não estar representada_ na última moda.

Vejo que a maioria das lojas que _de fato trazem a inclusão e diversidade_ de forma física, são em grande parte, comandadas por pessoas que ultrapassaram batalhas com seus corpos e querem mostrar que todos os **biotipos** estão na moda.

É importante que as grandes marcas compreendam, que o movimento é _bem mais_ do que apenas **não se se encaixar** nos padrões das modelos esbeltas e magras de passarela, mas sim de uma _construção diária_ de **aceitação e integração** em uma sociedade que, por muito tempo, virou as costas para quem era fora do padrão. Onde mulheres, que vestem 48 e 50, consomem? Acho que temos a obrigação, dos líderes à frente de shoppings e pontos de venda do Brasil, de mostrar esse **novo olhar**, trazer essa discussão.

As numerações maiores são **necessárias** nas lojas, assim como a acessibilidade, tanto na **facilidade** de encontrá-las de forma física, como na **questão econômica**. Para qualquer empreendedor, diretor de marketing ou de produto que _não entende_ e respeita isso, penso que, mais para frente, não vão prosperar. O público _quer consumir_ marcas **transparentes, inclusivas**, que conversem com os **propósitos** de seu consumidor e, mais do que isso, _que os faça sentir-se bem_.

Redação GPS

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