Jornalista e empresária, Luísa Peleja está à frente da Coco Lab, agência de marketing digital focada em posicionamento de marca. Por meio do seu trabalho, auxilia marcas e pessoas em sua transformação digital. Ou seja, se quisermos falar sobre branding, umas das autoridades do mercado é a brasiliense.
Desde 2016, quando resolveu publicar crônicas em suas redes sociais, aventura-se como cronista e hoje já possui dois livros publicados: “Em Busca da Nossa Melhor Versão” (2019) e “Eu Depois de Amanhã” (2022).
Também em sua rede social, ajuda mulheres a refletirem sobre autocuidado e autoestima ao dividir suas experiências e cuidados consigo.
Com a diversidade de conhecimentos e atuações no campo da comunicação, Luísa será uma das palestrantes do Vogue Fashion’s Night Out que ocorrerá na capital federal, em 1º de setembro, no Brasília Shopping.
Confira entrevista em primeira mão com a produtora de conteúdo:
Antes de trilhar um caminho mais voltado para a comunicação e o marketing, a moda já era um assunto presente na sua vida, certo? Como foi desenvolvido esse relacionamento?
É engraçado, mas a minha história com comunicação e marketing começou com a moda. Eu escolhi fazer jornalismo e trabalhar com comunicação porque eu sempre me identifiquei com essa área. Durante o período da minha faculdade eu trabalhei em diversos nichos (saúde, política, economia) e a moda cruzou o meu caminho em uma das experiências que tive, quando trabalhei numa produção de um jornal. Eu amei e, ao sair da fase de estágio, entrei no meu primeiro emprego, que foi numa assessoria de imprensa voltada para marca de moda. Então eu tinha muito contato com lojas, marcas, eventos e desfiles e, através desse trabalho desse contato, eu também despertei um interesse por essa área. Eu sempre gostei de me vestir bem e sempre fui vaidosa. E sempre desde muito nova já tinha esse interesse por brechó, peças vintage, fazer achados que completassem as minhas produções. Nas redes sociais, o meu nome começou a ganhar destaque com algo relacionado a moda. Eu costumava usar as roupas da minha avó e fotografava tanto a peça em mim quanto nela, mostrando que era possível usar as peças em diferentes estilos e de diferentes maneiras.
Quando você começou a trabalhar com as redes sociais, a sua relação com a moda mudou? Você acha que passou a ser mais intencional com a sua imagem?
Eu não acho que foi a rede social em si que fez a minha relação com a moda mudar, mas eu passei a ser mais intencional com a minha imagem e como eu quero ser percebida, como eu desejo ser vista. A moda é uma ferramenta maravilhosa para trabalhar junto a isso, né? Somos seres imagéticos. O que a gente veste, como a gente se apresenta e se mostra ao mundo gera uma emoção, desperta uma sensação. Ao trabalhar com rede social, especialmente com planejamento de marca pessoal, eu passo a ser ainda mais intencional nas minhas ações, mas a minha relação com a moda vem mudando com o passar do tempo. Quando eu era mais nova, nos meus 20 e poucos anos, eu era muito consumista. Lembro de um dia olhar para o meu armário e perceber que nada daquilo fazia sentido para mim, e foi assim que eu iniciei um processo de desconstrução. Hoje em dia tenho um armário mais minimalista e percebo também que o meu estilo mudou de acordo com os papéis que eu fui assumindo na minha vida — tanto de amadurecimento quanto de postura. Assim, noto que a minha relação com a moda é constante e que a vestimenta também traduz a imagem que desejo transmitir nesse momento.
Do começo da sua carreira para cá, o que você acha que mais mudou na sua visão sobre imagem/marca pessoal?
Eu sempre entendi a importância da imagem pessoal para a vida. Muito além de estilo, ela reflete a nossa reputação, o nosso posicionamento, é o que vai nos acompanhar para o resto da vida. Então sempre dei atenção a isso, mas o que mudou, de fato, foi a minha visão. E só reforça a importância de buscar, cada vez mais, ser o mais “eu” possível dentro da minha autenticidade e dos meus gostos, utilizando a moda, as redes sociais, o marketing, para poder me posicionar no mundo. Hoje em dia, a gente precisa coexistir nesses dois universos — o real e o digital —, então precisamos ser coerentes com as mensagens que desejamos comunicar.
Considerando todo o contexto e momento que vivemos nas redes sociais, o quão importante é ter uma identidade forte e autêntica? A imagem “certa” aproxima?
É extremamente importante. A imagem certa aproxima, conecta, gera emoção. Eu faço um exercício constante, onde me questiono algumas coisas: Qual a emoção que eu quero gerar nas pessoas? Como eu quero ser percebida? Como eu quero ser mencionada notada? Todos esses pontos precisam estar alinhados com quem eu sou na vida real, porque uma identidade forte e, antes de tudo, verdadeira. Ela não é forjada apenas para causar uma impressão, ela é a minha essência. Para trabalhar bem a sua marca pessoal, é preciso saber apontar o holofote para aquilo que você tem de mais autêntico.
No seu talk para o VFNO você falará sobre a moda como parte da sua narrativa. Como conseguir, de maneira assertiva, transmitir a sua marca pessoal no digital? O que se deve evitar para não seguir modismos passageiros e manter-se fiel a sua essência?
Construir uma marca pessoal no digital de maneira assertiva tem mais a ver com os “nãos” do que os “sims” que você diz para a vida. A partir do momento que você cria os seus próprios critérios, as suas próprias regras, você passa a não seguir tendências só porque todo mundo está fazendo. Quando você é capaz de fazer essa separação, o externo passa a não interferir na forma como você se posiciona.
Serviço
Vogue Fashion’s Night Out
Data: 1º de setembro de 2023.
Horário: a partir das 10h.
Local: Brasília Shopping.
O evento é aberto ao público e inteiramente gratuito, sujeito a lotação dos espaços. Para garantia dos assentos nos talks e desfiles, é necessário se dirigir ao balcão de informações, localizado no 1º piso, para a retirada da pulseira (conforme disponibilidade).
