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“É preciso defendê-la todos os dias”, diz Lula sobre os 40 anos da redemocratização do Brasil

Presidente destacou avanços nas últimas décadas e afirmou que é preciso proteger o País contra ameaças

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou neste sábado (15) a necessidade de defender a democracia diariamente contra aqueles que, segundo ele, “planejam a volta do autoritarismo”. A declaração foi feita na data que marca os 40 anos do início da redemocratização do Brasil, após 21 anos de ditadura militar.

Em publicação nas redes sociais, Lula destacou a importância histórica do período iniciado com a posse de José Sarney (MDB) na Presidência da República, em 15 de março de 1985, após a eleição indireta de Tancredo Neves pelo Congresso Nacional.

O presidente afirmou que Sarney governou sob “constante ameaça dos saudosos da ditadura”, mas criou as bases para a Constituição de 1988 e o fortalecimento das instituições democráticas.

“Sem a democracia, nada disso seria possível. Por isso, é preciso defendê-la todos os dias daqueles que, ainda hoje, planejam a volta do autoritarismo. É preciso mostrar às novas gerações o que foi e o que seria viver novamente sob uma ditadura, e ter todos os direitos negados, inclusive o direito à vida”, declarou Lula.

A fala do petista ocorreu no mesmo dia em que Sarney, aos 94 anos, participou de um seminário em Brasília sobre os 40 anos da redemocratização, promovido no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. Durante o evento, o ex-presidente ressaltou a solidez das instituições democráticas brasileiras diante de “acontecimentos danosos”.

A declaração ocorreu em meio à análise, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por tentativa de golpe de Estado. O julgamento está previsto para começar no dia 25 de março.

 
 
 
 
 
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Democracia como único caminho

Também presente no evento, a ministra do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou que a democracia é “a única opção para viver em liberdade”. Segundo ela, apesar dos avanços desde 1985, ainda há desafios, especialmente na garantia dos direitos das mulheres.

“Uma mulher é morta no Brasil a cada seis horas. Isso significa que vivemos em uma sociedade ainda complacente com todas as formas de violência contra a mulher”, alertou a ministra.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também destacou a importância da democracia. Podemos celebrar, mas nunca esquecer: a democracia é um bem inegociável”, escreveu em uma rede social.

 

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