Uma estudante francesa que gostava de moda e estudava arquitetura ainda em 2017, não se contentava com a poluição gerada por suas duas paixões. Em 2022, ela veria o gigantesco cemitérios de roupas no Deserto do Atacama, no Chile, além de sempre ter de conviver com as desculpas de ambas as industrias sobre as ações para a diminuição de carbono.
Ainda em 2017, segundo o portal especializado Archdaily, Clarisse Merle iniciou estudos para diminuir todo esse impacto, levando em consideração que a cada segundo cerca de um caminhão de lixo cheio de restos de tecidos é queimado ou descartado em aterros sanitários. A partir das pesquisas, Clarisse criou um tijolo feito de sobras de tecido. A francesa usa roupa pré-moída composta por diversos tecidos, e cada tijolo usa o equivalente a duas ou três camisetas. O projeto foi, inclusive, seu trabalho de conclusão de curso.
A partir da criação, em 2018, nasceu a FabBRICK, a empresa de Clarisse que produz não só tijolos, como também móveis e acessórios, como abajures, biombo, suporte de espelhos e estantes.
Outra iniciativa da FabBRICK é que a empresa recolhe tecidos descartados de estabelecimentos ou casas e os transforma em móveis ou objetos de decoração, ou seja, torna a matéria-prima retornável, o que incentiva a doação dos tecidos. O serviço é cotado e anteriormente avaliado a fim de consultar a viabilidade da produção.
A tecnologia foi patenteada em 2019 e, além da parte sustentável do reaproveitamento, o material ainda traz benefícios, como a forte capacidade de absorção de som, o que auxilia na diminuição da poluição sonora, por exemplo.
Veja mais fotos dos projetos feitos de tecido: